Teste

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Autor: Autor desconhecido

Editora: N/A

ISBN/LITEBN: N/A

Ano de Publicação: N/A

Gênero:

Descrição:

Segui fielmente as ordens do meu rei, Heitor. O plano estava traçado e eu seria o novo morador do reino de Arthur.

Minha missão era clara: transformar a vida dele em um inferno. Aos poucos, faria com que os moradores voltassem contra o tirano. Cada dia, uma nova fofoca. A cada rumor espalhado, a raiva contra ele aumentaria.

E assim, parti para o reino.

Fui bem recebido pelos moradores, que me olharam com curiosidade. Logo, vi Arthur se aproximando.

— Bem-vindo, novo morador — disse ele. — Qual é o seu nome?

— Meu nome é Afonso. Vim de um reino distante. Poucos moradores viviam lá, e muitos acabaram se mudando para outros reinos — respondi, fingindo simplicidade.

— Entendo. — Arthur ergueu o queixo com soberba. — Pois saiba que eu sou o rei deste belo lugar. Vou pedir para um dos meus guardas mostrar a sua nova casa.

— Muito obrigado, senhor rei — agradeci, fazendo uma reverência.

Fui levado até as minhas instalações provisórias.

Quando a noite caiu e as ruas ficaram desertas, caminhei até a casa da senhora Isabel. Bati à porta.

De dentro, ouvi sua voz áspera:

— Não tenho pão velho, mendigo!

— Senhora, não sou mendigo — respondi. — Sou um novo morador, me chamou Afonso. Vi a senhora quando cheguei.

Houve um breve silêncio, depois a porta se abriu.

— Entre, Afonso. O que você quer a essa hora na minha casa? — perguntou ela, desconfiada.

— Preciso lhe contar algo… só não sei como começar.

— Diga logo, rapaz.

Respirei fundo e revelei:

— Ouvi dizer que o irmão do rei está foragido, acusado de matar os próprios pais. Falaram que Alfredo teve um fim trágico…

— Coitado! — murmurou Isabel, levando a mão à boca. — Alfredo sempre vinha aqui em casa.

— Pois é. Antes de fugir, ele me contou a verdade. Disse que seu irmão, Arthur, é um bastardo. Não foi Alfredo quem matou os pais. Quem cometeu o crime foi o próprio Arthur.

Os olhos da senhora Isabel se arregalaram.

— Por isso estou aqui — continuei. — A senhora precisa espalhar essa notícia. Uma fofoca por dia. E a última… será a revelação da verdade.

Ela respirou fundo e assentiu, decidida:

— Já estava mais do que na hora de isso acontecer. Amanhã mesmo começo os trabalhos.

Me levantei para ir embora. Antes que eu saísse, Isabel perguntou:

— Afonso, está faltando comida na sua casa?

— Está, sim, senhora Isabel. Amanhã comprarei algumas coisas.

Ela foi até a cozinha e voltou com um pacote de arroz.

— Tome. E, se algum guarda perguntar o que veio fazer aqui, diga que não tinha arroz em casa e precisava se abastecer.

— Obrigado, senhora Isabel — respondi, pegando o pacote.

Voltei para a minha casa provisória com o coração em chamas.

O que menos você espera, Rei Arthur, está prestes a acontecer. O segredo que você tanto esconde logo virá à tona.

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