O presidente Edward Black já havia lidado com ameaças antes — fazia parte do cargo. Mas aquilo… aquilo era diferente. As mensagens não paravam. Começaram com cartas anônimas. Depois vieram os e-mails. Vídeos perturbadores, com detalhes demais. Era pessoal. E o alvo era claro: sua filha.
Seu bem mais precioso.
Edward passou a dormir com um olho aberto e o outro na tela do celular. Suas mãos tremiam toda vez que mais uma notificação surgia. O conteúdo era sempre o mesmo: ódio, promessas e um aviso. Penélope estava na mira.
O medo apertava no peito. Ele sabia o quanto a filha era imprudente, indomável. Se dissesse que colocaria um segurança, ela fugiria de casa só pra provar que ninguém manda nela. Por isso, ele decidiu agir por conta própria. E rápido.
Durante dias, vasculhou nomes, fichas, vídeos de treinamento. Nada era bom o suficiente — até que um nome surgiu na tela. Kai Virelli. Policial exemplar. Histórico impecável. Medalhas. Discursos de honra.
Edward se inclinou na cadeira, olhos fixos na imagem do homem. O coração bateu mais forte. Aquilo parecia certo.
— Encontrei ele — murmurou, a voz baixa, carregada de alívio.
Sem perder tempo, chamou seu assistente.
— Carlo, agende uma visita com esse homem. Discrição total.
— Entendido, senhor.
O presidente esfregou o rosto com as mãos. O suor já brotava na nuca, mesmo com o ar-condicionado no máximo.
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