Nas quebrada do sertão há HERÓIS Para o povo

[Cortina aberta. Sons de vento forte. Um narrador surge ao centro do palco, com luz suave sobre ele.]
NARRADOR (com voz firme, pausada):
No coração do agreste de Pernambuco… Na quebrada esquecida de As Prega do Norte...
Lá onde o chão é rachado de sede, e o povo vive de fé e coragem… Nasceu Venturio — o vento que sopra rebeldia e esperança! Filho caçula de uma família grande e sofrida...
Trinta irmãos... dez já viraram estrela no céu do sertão. Criado com o avô, Seu Juvêncio, um homem que carrega o mundo nas costas… E Dona Esperantina, a madrasta vinda de vida torta e sonhos quebrados… Mas Venturio... ah, esse menino não era igual aos outros!
Lia livro esquisito, treinava na calada, sonhava alto… E mesmo com a vida dura, defendia os fracos, enfrentava o injusto, E salvava donzelas no caminho do rio do Fiapo.
[Luzes mudam. Projeções no fundo mostram o sertão árido e criaturas sombrias.]
Nesse sertão, meu povo, não tem só cangaceiro não! Tem visagem, demônio, criatura do outro mundo… Zé Capiroto, Encourado, e o terrível vilão Lamparina Com seu livro da capa preta e seu bando cruel… Mas tem também heróis de verdade! Tem Bárbara do Agreste, a heroina invencível, e a Guerreira arandira … Severo Sertão, o general da justiça… Negreti, o boxeador baiano, valente como um leão… E o Profeta Asa Branca, vindo do com palavra divina! E juntos...
os herois Venturio, Nélio cabras de coragem, Partem numa jornada pra encontrar...
A ARCA DO SERTÃO — Um segredo antigo, onde tão guardadas armas celestiais e artefatos divinos , cangaceiros que vira super sentai
Capazes de derrotar qualquer treva, qualquer maldade!
[Toque de zabumba ao fundo. Gritos de guerra. Luz vermelha.] Essa é a história, meu povo! De heróis que nasceram da poeira, da dor e da coragem!
Heróis do povo, das quebrada, do sertão bravo! Porque no sertão... ainda tem herói!
E a peleja... só tá começando!
[Luz apaga. Cortina fecha com som de trovão.]