

literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
110 - Fale sobre um livro que aborde distúrbios psicóticos.
#Link365TemasLivros

literunico @literunico
#Dia 313
Alienação
Ela não nega,
mas não responde.
Não fere,
mas também não acolhe.
Alienação é um vidro
entre o gesto e o sentir.
O mundo se move,
e ela permanece
intocada.
Finge que escuta,
repete palavras,
imita presença.
Mas por dentro
há um vácuo
entre cortinas.
Não se trata de esquecimento,
mas de escolha.
Desligar-se
é forma de seguir.
É como respirar
sem querer o ar.
Alienação
não chora,
não briga,
não grita.
Mas também
não volta.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
DICA DE INICIAÇÃO — "Quando a Luz Fala, a Origem Escuta"
SOBRE A LÍNGUA MONAR
A Língua MONAR não é aprendida: ela é lembrada.
Foi criada para carregar o mundo dentro de sons.
Cada palavra é feita para viver na boca, vibrar no peito, ocultar no símbolo o que o tempo ainda não revelou.
REGRAS FUNDAMENTAIS DA LÍNGUA MONAR
1. Toda sílaba é composta por uma consoante + uma vogal (CV)
Ex: KA, MI, TO, LU...
2. Vogais podem se encontrar (VV), mas nunca há consoante dupla.
→ A primeira vogal é sempre aberta, a segunda fechada.
→ Ex: SOLEA = SO-LÉ-A
3. Números são formados por uma vogal + uma consoante (VC)
Ex: OR (1), AR (3), ES (2)
4. Palavras sagradas possuem glifos próprios
Ex:
𐍈 = MON (mãe, origem)
𐍉 = FAR (pai, força)
𐌷 = SOL (luz)
5. Pronomes são representados por vogais únicas com símbolos especiais
⟡ = E (eu)
◬ = I (ele/ela)
⊚ = O (você/vocês)
⟁ = U (nós)
O QUE VOCÊ ESTÁ VENDO AGORA...
> Primeira linha da mensagem cifrada:
⍃𐌷
Vamos decifrar juntos.
INTERPRETAÇÃO
⍃ = AR
→ É o número 3, mas também representa trindade
→ Na MONAR, números são ideias, não só contagens
𐌷 = SOL
→ Palavra sagrada
→ Glifo único para luz, essência, revelação
CONHECIMENTO TRANSMITIDO NESTA DICA
Agora você reconhece ⍃ = 3 / trindade / AR
E você nunca mais verá 𐌷 sem sentir a luz te chamando.
A luz não é o começo. É o sinal de que o começo foi visto.

literunico @literunico
Equinócio
Antes da redenção em escárnio
Houve o silêncio das pedras.
As súplicas em língua órfica.
O lume nu das matérias.
Não havia salvação.
Apenas o compasso das seivas
A ciclo da carne na terra
Putrefação mais sagrada.
Germinando sob o seu peso
da noite mais longeva.
Ovos não eram espelhos.
Eram vestígios da renovação.
Cápsulas de sua gênese,
Postas ao relento dos deuses
O coelho não era pueril.
Multiplicidade insaciável.
De ventre sempre ocultado
Na perpetuação de todo seu caos
Em forma de vida infinita.
Nomes não se proferiam
Em busca do santo vão.
Ostara entre nós caminhava
Seus passos entalhados no barro.
Seu olhar era a luz
Seu prazer germinante.
Exaltando as estações
Na continuidade do tempo.
Se aclamação a ressurreição
Da alvorada, do vento
Em cada retorno, oferenda.
Se devolvia pra terra.
A grande verdade da vida
Toda a morte é eterna.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
#Dia 312
Redenção
Não veio em raio,
Nem ao som do trovão.
Redenção chegou em silêncio,
Na dobra exata
Entre o erro e o perdão.
Não apagou a queda,
Nem se fez de uma cruz
Mas deu-lhe a entrega
Fez do abismo o a luz.
Redenção não exige pureza,
Exige presença.
É o toque da água
na ferida aberta,
Da esperteza à sentença
O que foi, não desfaz
mas se transforma.
Não apaga o alerta
Ilumina a paz
E quem a recebe
não volta inteiro
mas algo a mais
do que era primeiro
Eder B. Jr.

literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
109 - Fale sobre um livro que aborde indígenas.
#Link365TemasLivros

literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
108 - Fale sobre um livro que você gostaria de ter escrito.
#Link365TemasLivros

literunico @literunico
#Dia 311
Contrição
Ajoelha-se de alma, não por medo,
Mas por saber o que pesou demais.
Contrição, o silêncio sem segredo,
Que roga em luz por gestos ancestrais.
Não clama alto, não exige alívio,
Apenas curva o peito ao que lhe dói.
É chama branda, algo sem ocrimívo,
É aceitar que até o erro se constrói.
No íntimo mais só, ela se desperta
A face que não ousa se mostrar.
Contrição, no âmago, descoberta
De quem se vê e decide se encontrar
Se há amor, se erra ou se acerta
Se há fardo, só o tempo pode aliviar.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
E o sistema de LiterAções do Criações está quase totalmente funcional! Juro! Vai sair!
Assim como mais 3 livros com selo Literunico.

literunico @literunico
A inspiração para o idioma Monar (Cujo significado é Mãe-origem) terá as seguintes influências:
A sonoridade do italiano
O misticismo do persa
A maleabilidade do português
O ordem do japonês
E a ancestralidade do galego

literunico @literunico
O idioma Monlar, que estará no segundo ciclo do Universo em Órbita e fará parte de boa parte do Literunico está praticamente finalizado e, a partir de agora, vamos começar a aprender essa nova língua.
O primeiro desafio tem a premiação de R$100,00 para quem traduzir a postagem com a primeira mensagem criada nele.
Gradativamente, farei postagens trazendo traduções e ensinamentos que poderão ser usados para essa tradução.
Acompanhem!

literunico @literunico
#Dia 310
Assombro
Surgiu calado, à margem da vigília,
Fez-se presença antes de ser vislumbre.
Assombro vestiu na própria pele, a matilha
Habitando a espreita que oculta o deslumbre.
É lâmina fria que afaga e desconcerta,
O brilho estranho em olhos sem memória.
Não pede crença, apenas se desperta
Como um sussurro herdado de mais uma história.
Nem dor, nem júbilo, um contente espanto,
Um passo hesita, a alma, enfim, suspende,
Mistura rara de temor, sabor e encanto.
O tempo cede ao que jamais se entende.
Assombro é o limiar entre o riso e o pranto.
A sombra onde reluz o que nos surpreende.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
107 - Fale sobre um livro que tenha cerimônias religiosas.
#Link365TemasLivros

literunico @literunico
Deságua em mim
um silêncio sem margem.
Sou o leito que cede
ao toque da lembrança.
As pedras não falam,
mas guardam os gestos.
E eu, rio contido,
revivo o que escoamos.
Entre curvas e suspiros,
não fui tua nascente,
mas fui o caminho
onde tua essência nadou.
Não fazes pegadas,
mas ondas.
E toda vez que cerro os olhos,
elas me buscam,
me dobram,
nos desenham, nas almas.
Sou o som sem o ar.
Sou o fluir do molhar.
Sou o depois do ainda.
Depois.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
106 - Fale sobre um livro que seja a de respeito viagem no tempo.
#Link365TemasLivros

literunico @literunico
#Dia 309
Rejeição
Negou-se (três vezes?) em voz sutil e decidida,
Um gesto padrão, quase distraído.
Mas fez do sim a porta recolhida,
Do afeto um fim não acolhido.
O riso emudeceu, fugiu do rosto, Restou silêncio em cada intenção. Rejeição não precisa de desgosto, Só da ausência moldando a negação.
E mesmo sem palavra ou despedida, Ela marca o chão, deixa o sinal:
O vazio de uma oferta não recebida, O peso de um desprezo sem igual.
Não foi não
e não foi dito
Fiicou no ar sem som sem volta
sem aviso
Mas caiu
Toque sem pele, o nome sem boca
O sim que morreu no antes.
O tempo que não estende fases.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
Hoje é o Dia Mundial da Voz. E, ironicamente, também é aniversário de Charlie Chaplin.
Enquanto celebramos a importância da voz, essa ferramenta vital para a comunicação, para o afeto, para o trabalho e para a vida, lembramos que ela também precisa de cuidado, atenção e respeito. A voz é ponte, identidade, presença. É com ela que pedimos ajuda, expressamos dor, e também encantamos o mundo.
Mas Chaplin nos mostrou outra faceta da expressão: aquela que fala com o corpo, com o olhar, com a alma. Ele, que nasceu no dia 16 de abril de 1889, provou que mesmo em silêncio é possível comover multidões, sem deixar de nos lembrar como a voz é importante,.
A coincidência da data nos lembra que toda forma de expressão é valiosa, mas que a voz, quando bem cuidada, pode ser ainda mais poderosa do que imaginamos.
Em todos os sentidos!
Neste 16 de abril, cuidemos da voz. E celebremos quem nos ensina a ouvir o que não é dito.
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literunico @literunico
#Dia 308
Arrebatamento
Chegou qual vendaval sem advertência,
Trazendo o fôlego em contravenção.
Desfez da calma, sua tênue resistência,
E impôs-se ao pulso tal exaltação.
O olhar perdeu-se em luz vertiginosa,
A fala cedeu à combustão do afeto.
Arrebatada a mente tumultuosa,
Qual lâmina de ardor em peito aberto.
Não fora amor, tampouco só delírio,
Mas algo entre o excesso e o esplendor.
Um êxtase que, sendo quase empírio,
Roubou uma alma e a devolveu com cor.
E ao fim, jazendo brando, exaurido
Restou-lhe apenas sombras da dor.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
105 - Fale sobre um livro que seja uma obra de arte completa.
#Link365TemasLivros

literunico @literunico
Hoje também celebramos o nascimento de Robert Walser (15 de abril de 1878), autor suíço cuja escrita singela, introspectiva e profundamente humana ainda ressoa com leitores em todo o mundo.
Com obras como Jakob von Gunten, Walser mergulha nas contradições do eu, nas margens da liberdade, e nos gestos invisíveis da existência.
Sua prosa, delicada como neve caindo, carrega uma beleza melancólica que dança entre o absurdo e o sublime — como se cada palavra fosse escrita andando, em silêncio, na beira de um mundo que só ele via.
"A liberdade é fria e bela... nunca se apaixone por ela."
Palavras que deslizam como gelo sob os pés — frágeis, fugidias, eternas.
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literunico @literunico
Hoje, o mundo celebra a linguagem que dispensa tradução: a arte.
15 de abril marca o nascimento de um dos maiores gênios da humanidade, Leonardo da Vinci, e com ele, a lembrança de que criar é uma das expressões mais puras da alma humana.
Da Vinci não foi apenas um artista. Foi inventor, cientista, poeta, anatomista, músico, e muito além disso: foi curiosidade viva, olhar inquieto, mente sem limites.
A citação dele que trago para a data é:
"A pintura é uma poesia muda, e a poesia é uma pintura cega."
Leonardo da Vinci, Trattato della Pittura
Que a arte siga nos salvando em silêncio ou em grito. Que siga nos permitindo existir além da matéria. Que siga sendo o que sempre foi: essencial.
Aproveite o Dia Mundial da Arte!
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literunico @literunico
"Sair de um ventre de mulher, para entrar no ventre da terra!... Eis tudo que se sabe."
Aluísio Azevedo
Hoje celebramos o nascimento de um dos mestres do Naturalismo brasileiro.
Aluísio Azevedo não apenas escreveu, ele escancarou as misérias, os desejos e as contradições humanas com um olhar nu, cru e profundamente humano.
Entre o nascimento e a morte, ele nos legou palavras que ainda nos estremecem.
Seu legado permanece vivo, como um sonho ligeiro… entre dois nadas.
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literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
104 - Fale sobre um livro que tenha cenas de contemplação da natureza, artística, de deuses, qualquer tipo de admiração dos personagens por algo.
#Link365TemasLivros

literunico @literunico
#Dia 307
Frenesi
Fala alto.
Anda rápido.
Ri sem notar o riso.
Frenesi nunca espera resposta,
não escuta conselho,
não lê rodapé, nem aviso
Quer tudo.
Agora.
Com sabor de urgência
Gosto de exagero.
Das mãos, o abuso
Põe tudo pra fora
O corpo, a pungência
Desespero?
Frenesi é falta de centro,
vértice girando o arco
Visão, paladar, tato!
Onde estariam sentidos?
No fim...
Quando o ar some
e a vertigem dorme
Frenesi fica ali:
meio rindo, meio por cair
meio querendo
Tudo de novo.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
Dia do Hino Nacional
Vamos lá...
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heroico o brado retumbante"
Aqui parece lindo: o povo brasileiro gritando liberdade às margens do Rio Ipiranga. Só que... não foi o povo. Quem, talvez, tenha gritado, não como na pintura do quadro de Pedro Américo, independência foi Dom Pedro I, um príncipe europeu, filho do rei de Portugal. O povo mesmo? Seguiu pobre, escravizado e explorado.
Esse "povo heroico" nem sabia o que estava rolando.
"E o sol da liberdade, em raios fúlgidos / Brilhou no céu da pátria nesse instante"
Liberdade pra quem? Porque quando o Brasil virou independente de Portugal, a escravidão continuou firme e forte por mais de 60 anos. A liberdade que o hino canta aqui é uma liberdade da elite, da monarquia, dos donos de terra. Não era do povo preto, dos indígenas, nem dos pobres.
"Se o penhor dessa igualdade / Conseguimos conquistar com braço forte"
Qual igualdade? O Brasil nasceu desigual. Concentrando terra, dinheiro e poder nas mãos de poucos. O braço forte que eles falam pode ser dos bandeirantes matando índios para desbravar as terras e converter os locais ao catolicismo. Violência, não justiça social.
"Entre outras mil, és tu, Brasil, ó Pátria amada"
Beleza, amamos o Brasil. Mas o Brasil sempre foi feito pra poucos. Enquanto um canta "pátria amada", outro passa fome. Não dá pra romantizar sem encarar a verdade.
Segunda parte...
> "Deitado eternamente em berço esplêndido"
Sabe o que é esse "berço esplêndido"? É a terra rica em ouro, diamante, madeira, café, petróleo, tudo sendo explorado desde sempre. Primeiro por Portugal, depois por elite interna, depois por empresas estrangeiras. O Brasil deitado... enquanto outros vêm e levam.
"Teus risonhos, lindos campos têm mais flores"
Tem sim. Mas também tem gente sendo expulsa do campo. Tem grileiro, tem desmatamento, tem indígena sendo morto pra que o agronegócio continue ganhando bilhões.
"Verás que um filho teu não foge à luta"
Essa parte é forte. O povo brasileiro realmente luta. Mas não deveria precisar! É um chamado do poder para que, agora sim, o único momento em que o povo é lembrado, eles seja usado pelos governantes para alguma luta dos interesses dos poderosos.
O espírito de um nacionalismo sendo enraizado para uma ideia de domínio.
Nosso hino realmente foi feito para parecer lindo e emocionante, mas tenta nos enganar o tempo todo!
Que possamos superar nossos principais problemas para que em algum momento possamos voltar nossos esforços para a criação de um novo hino, mais condizente com seu povo.

literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
103 - Fale sobre um livro que tenha corrupção.
#Link365TemasLivros

literunico @literunico
#resenhas #OAteneu
📖 [Ver livro](https://www.literunico.com.br/books/217)
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literunico @literunico
Aniversário do Junior, ontem, que nasceu no mesmo ano que eu e completou 41 anos.
Acordei com "Enrosca" na minha cabeça e vários pensamentos malucos decorrentes da música, constatações.
Primeiro, que estamos tão velhos que já passou até da fase da terceira geração poder gravar esse sucesso.
Em seguida, vem uma constatação de que fora no funk, não temos uma nova geração musical brasileira diversificada, o suficiente sequer para ter um "grande" representante gravando "Enrosca".
Falem o que for do Junior, o cara cresceu na música, ótimo instrumentista e se tornou um enorme sucesso.
E a MPB está congelada, das músicas românticas, passando pelo Rock, até o samba. Onde está a nova geração musical explodindo com o potencial das redes sociais, além dos MC diminutivos de alguma coisa exótica?
Então, foi só um desabafo mesmo, de quem está percebendo a mudança dos tempos, na expectativa de não ser apenas uma constatação saudosista sem validade, como as das gerações anteriores (Que até podemos enxergar validade, agora!)