O evento está prestes a começar. Os funcionários de todas as filiais da empresa estão presentes e o auditório do hotel está lotado, quase em silêncio, que é interrompido apenas pelo leve murmúrio de algumas pessoas que conversam enquanto aguardam o inÃcio das palestras. As cadeiras estão dispostas em fileiras perfeitas, e a iluminação suave cria uma atmosfera que mistura formalidade com um toque de conforto.
Sou secretária executiva de uma montadora de veÃculos multinacional, e este tipo de evento acontece duas vezes por ano. Todos os executivos mais importantes da empresa estão aqui hoje, além de alguns funcionários representando suas respectivas filiais.
Não me sinto muito bem agora… Fiquei enjoada durante a viagem, geralmente passo mal em voos. Verifico meu relógio e vejo que ainda restam quinze minutos para o inÃcio do evento, então tenho tempo de ir ao banheiro.
— Você tá pálida. Tá tudo bem? — pergunta minha assistente, preocupada.
— Não. Ainda estou com náuseas. Já volto, me ligue assim que o evento começar. — Despeço-me dela e saio.
O banheiro, assim como todos os ambientes do hotel, é amplo e luxuoso, com um belo hall de entrada que possui dois espelhos enormes, separando o lado masculino do feminino. Acho que todo este espaço é do tamanho do meu apartamento, eu facilmente moraria aqui.
Fiz o que precisava e já me sinto melhor. Minha assistente ainda não me ligou, então aproveito para me examinar no espelho. Estou usando uma elegante saia lápis, cor grafite, com uma pequena fenda na altura do joelho, blusa de seda branca e sapatos pretos. Enquanto ajeito meu cabelo e retoco o batom, sou surpreendida por um par de olhos verdes que me observam do banheiro masculino através do espelho.
Ele me olha atentamente, de cima a baixo e depois fixa os olhos nos meus, de maneira misteriosa, intrigante e sensual. Fico aqui parada, sem conseguir desviar o olhar e percebo que estou ficando vermelha. Nunca gostei que me olhassem nos olhos por mais de três segundos, fico sem reação.
E aquele homem lindo, alto, forte, cabelos lisos e castanhos moldando perfeitamente seu belo rosto, está ali parado, me encarando fixamente, como um lobo avaliando sua presa. Por um momento, que parece uma eternidade, ficamos presos nessa troca de olhares intensa e silenciosa.
Quem será ele? Pode ser um dos executivos que participará da reunião geral, pois está usando terno e gravata, no traje tÃpico dos executivos. Também carrega uma maleta de couro marrom escuro. Ele possui uma elegância e charme surpreendentes, chega a ser magnético. Sua idade deve ser entre 40 e 45 anos e é lindo, atraente, excitante, envolvente. Nunca me senti assim antes, fisgada, sem reação, subitamente atraÃda e hipnotizada.
Ele sorri com malÃcia, provocando. Ajeita a gravata, passa o dedo percorrendo a barba bem aparada e, num gesto lento e provocador, passa suavemente a ponta da lÃngua pelos lábios superiores. Em seguida, sorri de novo, aquele sorriso atrevido e malicioso, o sorriso de alguém que se diverte com a provocação. Meu sangue ferve, sinto calafrios e minha boca seca instantaneamente.
De repente, Débora surge no banheiro, me arrancando dessa situação. É a oportunidade perfeita para eu fugir daqui, mas algo me diz que meu lugar é aqui, que devo ficar. Minhas pernas parecem paralisadas.
— Vamos Suzana, já estamos atrasadas! Procurei você por toda parte, não ouviu minhas ligações? O que você tem? Ainda tá sentindo enjoo?
— Ah? Oi, Débora! Não foi nada, já estou bem. Vamos!
Saio do banheiro atordoada, com a cabeça confusa, mergulhada numa mistura de curiosidade, medo, encantamento e excitação. Procuro organizar as ideias na minha mente caótica, buscando absorver o que aconteceu. Quero entender como ele conseguiu me deixar fora do ar tão rapidamente.
Nossos lugares já estão reservados na primeira fila e nossos colegas de trabalho nos aguardam. Meu chefe me olha com ar de reprovação por causa do meu atraso, o evento já começou. Caramba, quanto tempo fiquei no banheiro? Ajeito-me sem graça na cadeira, pego minha agenda tentando me distrair da repentina atração avassaladora que senti por aquele desconhecido no banheiro. Que loucura!
Esforço-me para prestar atenção nas apresentações, afinal, é preciso anotar os pontos importantes que serão debatidos posteriormente na empresa. No entanto, mal consigo ouvir o que está sendo dito aqui. Estou perdida em meus próprios pensamentos impuros. Fico revivendo o que acabou de acontecer e imagino o que ele teria feito se eu tivesse permanecido ali. Faço uns rabiscos na minha agenda, tentando me concentrar na apresentação, e fico assustada ao ver o que escrevi:
"LÃngua, Barba, Excitado, Sedutor, Safado".
Arranco a página e guardo-a na bolsa, só posso ter enlouquecido. Como pode um estranho causar tais reações em mim em poucos minutos? Logo eu que sempre mantive o controle. Que homem é esse? (Mantenha o foco no trabalho Suzana, você é uma mulher respeitada no mundo corporativo, por sua ética profissional, seriedade e competência, não se distraia com bobagens.)Dou-me um sermão mental em busca de autocontrole.
A maioria dos palestrantes já se apresentou, faltam apenas duas apresentações para o intervalo. Olho ao redor procurando por ele, mas não o encontro. Será que foi tudo fruto da minha imaginação fértil? Também não vejo os dois últimos palestrantes que restam se apresentar.
Desejo intimamente que um dos dois seja ele, e aguardo ansiosa por sua palestra, já que estou na primeira fileira e poderei admirá-lo em detalhes. Gostaria de ter uma chance para inverter o jogo e mostrar que também entendo da arte da sedução. Caso essa situação fosse fora do ambiente de trabalho, seria perfeita.
Vai começar a última palestra do primeiro bloco, o apresentador sobe ao palco, ergo meus olhos e, instantaneamente, meu coração acelera. Que homem encantador, alto, de porte elegante, com um sorriso que ilumina o rosto. Seus olhos, de um tom profundo de verde, varrem a plateia até encontrarem os meus, sinto um frio na barriga. Estou tão empolgada com sua presença, que mal posso ouvir quando anunciam seu nome. Ele começa a apresentação e eu fico hipnotizada.
— Boa tarde senhoras e senhores, me chamo Leandro Brandão e sou o novo Diretor Financeiro desta empresa.
Nossa, Leandro Brandão! Pelo menos o nome desse homem misterioso eu já sei e ele é o novo Diretor Financeiro da empresa que eu trabalho, que interessante. Agora entendi o motivo dele ter uma postura de domÃnio e controle, tomara que não seja casado, pelo menos ele não está usando aliança. (O que é isso Suzana? Volte ao foco.)
A apresentação dele segue dinâmica e interessante, apesar de se tratar de números, tabelas e gráficos. Este tipo de conteúdo geralmente torna a exibição entediante, porém ele surpreende e consegue prender a atenção de todos.
Devo estar louca ou muito carente, pois estou achando deliciosamente sensual, um homem sério de terno e gravata, explicando os últimos avanços financeiros da empresa e suas futuras propostas. Fico encantada com a segurança com que ele conduz cada palavra, com a profundidade da sua voz que ressoa pelo auditório. (Tá maluca Suzana, querendo flertar no trabalho? Ele é praticamente seu chefe!)Minha sessão de autossermão continua.
Durante os breves momentos em que ele se volta para os slides, aproveito para estudar suas feições. O cabelo levemente despenteado, a barba cuidadosamente aparada, e um charme natural que parece envolver tudo ao redor. O modo como ele move as mãos para enfatizar um ponto, a leve inclinação da cabeça quando faz uma pausa, tudo nele parece calculado para fascinar. E fascinar é exatamente o que ele faz. (Vixe Suzana, assim que retornar da viagem, voltará pra terapia.)
Prendo a respiração por um instante quando percebo que ele está olhando diretamente para mim. Não é um olhar qualquer, é intenso, penetrante, como se ele pudesse ver além das formalidades, até o cerne de quem eu realmente sou. Tento me concentrar na apresentação, mas é impossÃvel não perceber a força desse olhar.
À medida que a apresentação avança, sinto uma conexão crescente com esse homem, uma energia palpável que se intensifica a cada troca de olhares. Há algo nele que me atrai de forma súbita e irresistÃvel, algo que transcende o simples fato dele ser um executivo talentoso.
Ele me olha novamente e sorri de um jeito que me arrepia, é um sorriso que carrega uma promessa silenciosa, um convite para algo além do que as palavras podem expressar agora. Respiro fundo e busco focar minha atenção no trabalho, mas enquanto Leandro fala sobre inovação e liderança, não consigo desviar o olhar dessa boca perfeita.
Meus pensamentos, que deveriam estar centrados nas obrigações que me cabem e na posição que ocupo na empresa, começam a vagar por territórios perigosos. Imagino como seria estar perto dele, compartilhar uma conversa Ãntima, sentir aquela voz grave sussurrando segredos ao pé do ouvido, o calor do seu corpo.
O contraste entre a seriedade do evento e a tempestade emocional que se forma dentro de mim é avassalador. Eu sei que a polÃtica da empresa é clara: relacionamentos entre funcionários são estritamente proibidos, uma regra que é reforçada repetidamente. Ainda assim, existe algo nele que faz todas as regras parecerem insignificantes.
A força da atração que sinto é quase incontrolável, uma paixão fulminante que, mesmo antes de ser consumada, já ameaça consumir tudo em seu caminho. Eu sei que é um jogo perigoso, mas a ideia de recuar agora parece impossÃvel. O desejo e o perigo se entrelaçam em uma dança irresistÃvel, e estou decidida a descobrir até onde isso me levará. Estou viajando em meus pensamentos proibidos, quando ele me interrompe e pergunta meu nome, tremo…
— Boa tarde senhorita, estou escolhendo algumas pessoas da plateia, para participarem do sorteio de um brinde que sempre trago nas palestras. Como se chama?
Cada palavra dele reflete como um toque excitante no meu corpo, meu sangue esquenta e sinto cada pelinho do meu corpo se arrepiar. Nossa, que poder é esse? Devo mesmo estar muito carente ou preciso de um remédio tarja preta. (Alguém aqui tá querendo perder o emprego. Foco Suzana, porra!)
— Senhorita, como se chama? — Sua voz é forte e sensual e isso me desestabiliza totalmente.
— Suzana, Suzana Lins. — Minha voz trêmula entrega meu nervosismo.
Ele anota meu nome em um pedaço de papel e depois passa para o notebook, por um instante penso que a história do sorteio tenha sido mero pretexto. Mas o que diabos eu estou pensando? Ele nem me conhece. Ele sorteia uma agenda, porém não sou a contemplada.
A apresentação dele chega ao fim, com aplausos calorosos ecoando pelo auditório, Leandro desce do palco com a mesma potência e segurança com que havia subido. Antes de se misturar à multidão que já começa a se dispersar, ele lança um último olhar em minha direção, e dessa vez, seu sorriso é aberto, sincero, carregado de uma mensagem clara. É um convite para que eu me aproxime, para que eu não deixe essa conexão morrer aqui.
Finalmente ele me chama, hesito por um momento, mas a atração que sinto por ele é forte demais para ser ignorada. Levanto-me, arrumo a bolsa no ombro, e com passos decididos, me aproximo dele. Ficamos frente a frente e posso ver de perto o brilho em seus olhos, uma mistura de atração e curiosidade que reflete o que eu mesma sinto agora.
— Foi um prazer me apresentar para você hoje — ele diz com a voz suave, que soa quase Ãntima. Insinuando que sua apresentação foi apenas para mim.
Sinto uma onda de calor subir pelo meu corpo quando Leandro chega mais perto e inclina a cabeça levemente para o lado, aguardando minha resposta. O sorriso dele tem uma mistura de confiança e um toque de timidez, aparentando que também vivencia algo novo e intrigante. O ruÃdo ao redor, de pessoas conversando e movendo-se pelo auditório, parece distante, quase inaudÃvel. A sensação é que estamos isolados numa bolha, onde só nós existimos.
— Você foi brilhante — finalmente consigo responder, minha voz soando mais suave do que eu pretendia. — A apresentação foi muito inspiradora.
— Fico feliz que tenha gostado — ele responde, os olhos ainda fixos nos meus, tal como uma tentativa de decifrar cada pensamento.
— Eu sempre acredito que o mais importante em uma apresentação é conectar-se com as pessoas, e você parece ter compreendido exatamente o que eu queria passar.
Percebo que não sou só eu que tem interesse nessa conexão, Leandro também tem. Há algo nas entrelinhas, algo não dito, mas claramente presente, como um subtexto que apenas nós conseguimos entender. Sei bem que precisamos continuar essa conversa em outro lugar, longe dos olhares curiosos dos colegas que passam por nós, muitos ainda lançando cumprimentos a Leandro pela excelente apresentação.
— Você tem um talento especial para isso — continuo, tentando manter o tom casual, mas meu coração está batendo acelerado. — Conectar-se com as pessoas, quero dizer.
— Conexões são a essência de tudo, não acha? Inclusive de bons diálogos.
A forma como ele pronunciou a última palavra me fez entender que ele está propondo algo mais do que apenas uma troca de elogios. Ele está sugerindo, sutilmente, que continuemos o diálogo de uma forma mais privada.
— Sim, absolutamente — respondo, sentindo uma faÃsca de excitação se acender dentro de mim.
—Talvez possamos continuar essa conversa em algum lugar mais tranquilo? — Proponho e torço para que ele aceite.
Leandro sorri largamente, parece que esperava exatamente isso.
— Adoraria. O que você acha de tomarmos um café? Gostaria de sugerir um vinho, mas estamos a trabalho. — Ele sorri novamente e diz: — Conheço um lugar ótimo, aqui perto, onde poderÃamos conversar com mais calma, Suzana. E a propósito, adorei seu nome, tem uma sonoridade deliciosa.
Sinto um misto de ansiedade e entusiasmo tomar conta de mim. Este é um passo que eu não havia previsto, mas essa atração é inegável e irresistÃvel.
— Perfeito — respondo, tentando não demonstrar o quanto estou animada com a ideia. — Encontrarei você lá fora, não podemos sair daqui juntos, levantaria suspeitas.
Caminhamos juntos pelo corredor que leva à saÃda do auditório, trocando comentários breves sobre a palestra e rindo de pequenos incidentes que acontecem ao redor, como a máquina de café que entupiu no pior momento possÃvel. Mas cada sorriso, cada toque acidental de braços, é um lembrete de que há uma tensão crescente entre nós, uma energia que mal pode ser contida. Leandro segue em direção a rua e eu fico conversando com meu chefe.
Minutos depois encontro Leandro fora do hotel, o ar fresco da tarde nos envolve, trazendo um alÃvio bem-vindo ao calor da tensão deliciosa que nos domina. Ele me guia por uma rua lateral, onde há uma pequena cafeteria que ele frequenta. O lugar é aconchegante, com mesas de madeira escura e uma iluminação suave que torna o ambiente quase Ãntimo. Escolhemos uma mesa no canto, longe da entrada, onde poderemos conversar sem interrupções.
O garçom chega e fazemos nossos pedidos, ele opta por um cappuccino e eu por um chá de hortelã, finalmente sinto que posso relaxar. Leandro tira o terno, se recosta na cadeira e fica me olhando intensamente, exalando um desejo genuÃno.
— Então, Suzana, me conte mais sobre você. O que trouxe uma mulher tão fascinante para uma empresa como a nossa?
Sorrio encantada pela forma direta, porém, ao mesmo tempo, cuidadosa, com que ele aborda a conversa.
— Acho que foi o mesmo que trouxe você — respondo com uma ponta de provocação, mas sem perder a seriedade. — A busca por algo mais, conexão verdadeira, seja no trabalho ou na vida.
Leandro sorri, parece satisfeito com a resposta. — Eu sabia que havia algo especial em você — ele diz suavemente, seus olhos nunca desviando dos meus. — Algo que vai além do profissionalismo que todos veem. Eu só não sabia que seria tão... magnético.
Meu coração bate mais forte, e percebo que a conversa está entrando em um território novo, mais Ãntimo, mais perigoso. É exatamente isso que eu quero. Existe uma atração inegável entre nós, algo que vai além das palavras, algo que nos faz querer explorar essa nova conexão sem medo do que poderá vir.
A cafeteria, com seu ambiente acolhedor e o leve aroma de café fresco, parece o cenário perfeito para um possÃvel flerte. Sinto as batidas do meu coração ecoando em meus ouvidos enquanto Leandro me observa com o olhar devorador, que parece atravessar todas as minhas defesas. Estamos afastados do ambiente formal da empresa, e agora, no calor suave da conversa Ãntima, algo novo está surgindo.
— Magnético… — repito baixinho, testando a palavra em meus lábios. Um sorriso suave se forma em meu rosto.
— Essa é uma palavra que eu não ouço com frequência. Mas confesso que… sinto algo parecido agora.
Leandro se inclina levemente para frente, diminuindo a distância entre nós.
— Eu percebi que existe algo de magnÃfico em você desde o momento em que a vi pelo espelho — ele continuou, a voz grave e suave: — Não sei exatamente o que é, sinto como se uma força invisÃvel me puxasse na direção dele.
Uma onda de calafrios percorre minha espinha. A tensão entre nós é palpável, e sei que estamos caminhando por um terreno desconhecido, mas incrivelmente tentador.
— Eu também senti isso — admito, quase em um sussurro.
— Não consigo explicar, mas é como se, de alguma forma, estivéssemos conectados.
A cada troca de palavras, a conexão entre nós se aprofunda. Leandro não tira os olhos de mim, e sinto que a profundidade desse olhar é capaz de despir todas as minhas camadas, revelando a mulher intensa por trás da profissional séria que todos conhecem. Eu me sinto vulnerável, mas, ao mesmo tempo, existe uma excitação crescente em me permitir ser vista dessa maneira.
O garçom chega com os pedidos e a conversa toma uma breve pausa. Fico observando Leandro enquanto ele mexe seu cappuccino, e não posso deixar de notar o quão confortáveis nós parecemos na presença um do outro.
— O que você faz quando não está ocupada sendo uma executiva brilhante? — Leandro quebra o silêncio com uma pergunta que parece inocente, mas que carrega um peso de curiosidade genuÃna.
— Brilhante? Não tenho tanta certeza disso. Sempre acho que preciso evoluir — respondo com humildade, e continuo: — Mas quando não estou no trabalho, gosto de passar o tempo lendo um bom livro, saboreando um vinho. Também gosto de curtir a companhia das minhas amigas, de me divertir, viajar. Enfim, gosto de fazer tudo o que me der vontade.
— Interessante — Leandro comenta inclinando a cabeça, parece absorver cada palavra. — Isso explica o brilho nos seus olhos quando você fala. Você deve ser alguém que aprecia as nuances da vida, os detalhes que muitos deixariam passar despercebidos.
Sinto meu rosto corar com o elogio. Antes que eu possa responder, ele coloca a xÃcara de cappuccino sobre a mesa, olhando para mim com uma seriedade que até então não havia percebido.
— A respeito dos livros, o que esses livros lhe dizem sobre momentos como este? Sobre quando você encontra alguém que mexe com você, de uma forma que os livros não conseguem explicar?
A pergunta paira no ar entre nós, carregada de significado. Sei que ele está se referindo a tensão, a quÃmica, ao desejo fulminante que se formou entre nós desde o primeiro olhar trocado no banheiro. Também sei que a resposta que eu der poderá mudar tudo.
— Os livros… eles nos ensinam a reconhecer quando algo é real, mesmo que inesperado — respondo lentamente, escolhendo as palavras com cuidado. — E às vezes, eles nos mostram que devemos arriscar, porque algumas conexões valem o risco.
Leandro sorri, e é um sorriso que carrega uma mistura de malÃcia, alÃvio e determinação.
— Então, talvez devêssemos seguir o que os livros nos ensinam — ele diz, sua voz mais baixa, mais Ãntima: — Porque eu não quero deixar essa conexão escapar.
Fico sem reação, cada vez mais envolvida. Sei que estou dando um passo arriscado, não deveria estar aqui, nessa conversa Ãntima. Lembro a cada minuto que relações entre funcionários são proibidas na empresa. Mas já estamos num ponto sem retorno, um momento decisivo que pode nos levar a algo mais profundo, mais quente, mais intenso. Eu sei que, a partir daqui, nada mais será igual. E talvez, eu não queira mesmo que seja.
Antes que eu possa responder, Leandro estende a mão sobre a mesa, esperando que eu faça o mesmo. Hesito por um segundo, sentindo o peso da decisão que pretendo tomar. Mas então, com um sorriso que esconde um misto de nervosismo e excitação, coloco minha mão sobre a dele.
Quando nossos dedos se entrelaçaram, percebo que essa é uma escolha da qual não me arrependerei. Estamos cruzando uma linha invisÃvel, e o que virá a seguir está carregado de possibilidades. O toque dele é quente, reconfortante, e ao mesmo tempo forte e eletrizante, o que desperta algo adormecido dentro de mim.
— E agora, o que acontece? — pergunto, minha voz quase um sussurro, carregada de expectativa.
— Agora — ele responde, seus olhos brilhando com uma promessa silenciosa. — Descobriremos juntos.
— O que exatamente vamos descobrir? — pergunto, sem soltar a mão dele. A resposta para essa pergunta é algo que eu mesma ainda estou tentando entender, mas sei que quero explorar, sem me importar com as consequências.
— Acho que só o tempo pode responder a isso, mas tenho a sensação de que é algo muito especial — ele responde, seu tom mais sério agora, parece escolher as palavras com precisão.
— Há muito tempo eu não me sentia assim, Suzana. Cada segundo que passo com você é uma descoberta, algo que não quero perder.
— Também sinto isso. — Admito, com um brilho nos olhos que não consigo disfarçar.
Leandro aperta levemente a minha mão, um gesto sutil, mas carregado de significado.
— Então, por que não deixar que as coisas sigam seu curso? Sem pressa, sem pressão. Apenas nós, descobrindo o que isso significa.
— Estou disposta a descobrir muita coisa com você. Porém, agora precisamos voltar ao trabalho, o intervalo está acabando. Não posso me atrasar novamente, ou o Ricardo ficará bravo.
— Deixa que com ele eu resolvo. Seu chefe e eu somos amigos de longa data!
— Pelo amor de Deus, ele não pode saber que…
— Calma, jamais contarei nada a ele. Sei bem das regras da empresa e quero quebrá-las deliciosamente com você, mas em sigilo.
Leandro paga a conta e nos preparamos para sair da cafeteria. Na calçada ele segura meu braço, me puxa para perto dele, muito perto…
— Nós deverÃamos ser cautelosos. — Pretendo recuar, minha voz um sussurro carregado de dúvida e desejo.
Ele inclina-se um pouco mais perto, seus lábios quase tocando meu pescoço.
— Cautela é para os fracos — responde, sua voz tão baixa que é quase um segredo.
Leandro acaricia meu rosto e me beija. Um beijo suave, quase tÃmido no inÃcio, que logo se aprofunda e esquenta. Carregando todas as emoções que ambos sentimos. Este é o começo de algo perigoso e excitante, que nenhum de nós está disposto a deixar escapar.
— Você tá me deixando louco Suzana. Você mexe demais comigo. — A respiração dele está ofegante, ele entrelaça os dedos nos meus cabelos, aperta minha cintura e diz: — Quero você agora.
— Também quero você. Mas precisamos nos conter, estamos na rua.
Após nos recompormos, voltamos para o hotel, por sorte chegamos a tempo do inÃcio do evento. Sigo ao encontro da minha assistente que já me aguarda ao lado do meu chefe.
— Você sumiu, onde foi? — pergunta Débora.
— Fui dar uma volta, respirar ar puro. Estava sentindo náuseas de novo.
— Está se sentindo melhor agora?
— Ah, sim, com certeza. Estou ótima.
Leandro passa boa parte do evento no palco, ora apresentando, ora orientando os colegas. E a todo momento lança olhares nada discretos na minha direção e eu correspondo. Não vejo a hora de estar a sós com ele, fico imaginando nós dois em momentos Ãntimos, fazendo tudo o que desejo permitir. Quero viver com ele as aventuras mais proibidas, quero me entregar inteiramente. Tremo só de imaginá-lo tirando a minha roupa, tocando meu corpo…
— Finalmente acabou! Já estava de saco cheio!
— O que? — Sou puxada repentinamente de volta à realidade.
— O evento Suzana, finalmente acabou. O que você tem? Está vermelha, suando. — Débora pergunta, com a voz carregada de preocupação.
— Não é nada demais. Apenas estou com cólica. Não se preocupe. — Minto descaradamente e me afasto.
Converso com alguns colegas e depois saio do auditório em direção ao salão de festas do hotel, preciso urgentemente de uma água. Ao chegar no balcão, avisto o causador dos meus devaneios sexuais, Leandro está do lado oposto conversando com outros executivos.
Ele me vê e tem outra vez no rosto, aquele olhar provocante e o sorriso malicioso e envolvente que me fazem tremer. Lembro do nosso beijo e quase engasgo com a água, meu sangue volta a esquentar em minhas veias. Ele está vindo na minha direção, não posso corresponder e escapo rapidamente. Não tenho condições de manter a compostura diante dele agora.
Minha assistente e meu chefe já me aguardam em uma mesa, será bom falar de trabalho agora, preciso respirar e organizar as ideias na minha cabeça confusamente erótica. Sempre ouvi minhas amigas dizendo que tenho a mente poluÃda, mas isso aqui é real e deliciosamente perturbador. Queria que elas estivessem aqui para presenciar essa situação, não vão acreditar quando eu contar.
A iluminação sofisticada banha o salão de festas do luxuoso hotel, criando uma atmosfera de harmonia e tranquilidade. Reunidos aqui estão os executivos mais renomados do mercado, investidores e empresários. Enquanto estamos desfrutando do coffee-break após um dia de palestras e networking, vejo uma estranha movimentação de funcionários e percebo que algo sinistro está pairando no ar. De repente, um estrondo ensurdecedor ecoa pelo salão, seguido pelo som de vidros quebrando.
Todos viramos para ver o que está acontecendo e a cena é apavorante, um grupo de homens mascarados está invadindo o espaço, armados e determinados a fazer o que for preciso. O caos se instala instantaneamente, com gritos de medo, correria e confusão em todo o ambiente.
Os assaltantes avançam depressa, exigindo dinheiro, joias e dispositivos eletrônicos, estamos aterrorizados. Mesas são reviradas, bolsas vasculhadas, e o clima de segurança se dissipa em meio ao desespero crescente. Os bandidos são violentos e agridem algumas pessoas, acho que são dez no total, eles exigem que todos sigamos para uma sala e a todo o tempo ameaçam atirar.
Entre a confusão e o pânico, fico presa embaixo de uma mesa no fundo do salão, não vejo mais meu chefe nem a Débora. Meu coração bate descontroladamente, enquanto avalio minhas opções para sair daqui. Sei que preciso manter a calma e agir com inteligência para garantir minha segurança.
Olho na direção lateral, a mais ou menos uns vinte metros de distância, onde um homem acena para mim apontando uma rota de fuga, é o Leandro. Com alguma coragem e agilidade, consigo me desvencilhar dos obstáculos e escapo em direção a uma pequena sala, que dá acesso à área externa do hotel. Observo o local rapidamente e percebo que estou em um imenso jardim.
Sigo desnorteada sem saber para onde ir, só quero me esconder e não morrer hoje. Continuo correndo por um pequeno caminho atrás de alguns arbustos, quando esbarro em alguém e caio no chão. Ofegante e tremendo, encontro-me diante de um homem que observa a cena da minha fuga com uma calma impressionante.
— Você está bem? — Leandro pergunta com preocupação, estendendo a mão para me ajudar a levantar.
Respondo com a voz trêmula, ainda abalada pela experiência traumática:
— Sim, estou bem. Pelo menos estou viva e não fui assaltada. O que faremos agora?
Leandro suspira, seu olhar preocupado refletindo a gravidade da situação.
— Parece que a polÃcia já está a caminho. Mas agora, o mais importante é garantir sua segurança. Venha comigo.
Sem hesitar, sigo este homem lindo pelo jardim do hotel, até que encontramos refúgio em um canto tranquilo, longe da confusão. Sentamos em um banco de madeira, compartilhando o silêncio tenso dessa situação inusitada.
Mais calma, passo a observá-lo em detalhes. Ele é realmente um homem de olhos penetrantes e presença magnética, estou hipnotizada. Nossos destinos se cruzaram novamente, neste instante de desespero. À medida que a adrenalina da situação começa a diminuir, algo mais intenso começa a surgir entre nós.
Um olhar prolongado, um toque casual, e sem dizer mais nada, ele agarra meus cabelos roçando o dedo na minha nuca e me deita no banco. Ele se joga sobre mim e me beija com muita paixão. Seus lábios são rápidos e estão famintos, sua lÃngua explora sabiamente a minha boca, me devora com intensidade, suas mãos me apertam com força, estou ofegante.
Ele para e morde meus lábios, passa a ponta da lÃngua no canto da minha boca, desce para o meu queixo e depois meu pescoço… Nossa que delÃcia! Leandro arranca o paletó e a camisa depois aperta o corpo contra o meu, posso sentir sua ereção querendo me invadir. Sinto minha calcinha ficando cada vez mais molhada.
Ele volta a me beijar com um tesão sobrenatural, meu corpo treme. Sinto seus músculos sobre mim, como ele é forte, gostoso e viril. Passo as unhas em suas costas e ele se arrepia, repito os movimentos e com uma agilidade admirável ele desabotoa minha blusa e tira meu sutiã, fervemos de tesão.
— Preciso sentir você, minha gostosa! Hoje você vai ser minha!
Brinca suavemente com meus seios, depois segura firme com as duas mãos e se prepara para colocar a boca. Começa sugando meu mamilo direito enquanto acaricia o outro com os dedos. Inicia então, uma sessão de tortura delirante e gostosa. Chupa, morde, aperta e belisca. Nossa, quero ele dentro de mim e quero agora!
Ele desce os lábios pelo meu corpo até chegar no meu umbigo, para e dá beijos suaves seguidos de mordidas. Leandro continua a acariciar meus seios com as mãos, ora apertando, ora beliscando os mamilos.
Estou encharcada de tesão, pulsando de desejo, ele sabe bem o que faz e o que quer. Agarro seus cabelos enquanto ele lambe meu umbigo, desce um pouco mais e eu me contorço. Ele sorri se divertindo com a minha entrega total, não posso e não quero resistir.
— Quero sentir seu sabor mais Ãntimo e doce!
Meu corpo inteiro se arrepia e ele continua. Desabotoa minha saia e abre o zÃper, sinto meu corpo arder de tanto desejo, preciso que ele me penetre agora.
Leandro tira meus sapatos e puxando rapidamente minha saia, ele abre minhas pernas pousando uma sobre o banco e segurando a outra, olha pra mim e sorri do jeito mais safado e cafajeste possÃvel.
— Que delÃcia que você é Suzana! Safada e gostosa do jeito que eu gosto!
Morde os lábios e volta a beijar meu umbigo, descendo lentamente até minha virilha. Meu corpo estremece de desejo, nossa que loucura, que sensação maravilhosa!
O hotel lotado e passando por um caos, todas as pessoas da empresa que eu trabalho estão lá dentro apavoradas e eu aqui no jardim, transando com um homem maduro, lindo e gostoso que acabei de conhecer. Nem na minha imaginação mais fértil e obscena, eu poderia imaginar uma fantasia erótica desse nÃvel. O medo de sermos descobertos só aumenta o meu tesão.
Leandro beija por cima da minha calcinha de renda branca, estou muito molhada. Ele puxa minha calcinha de lado e começa a me explorar com a boca. — Hummm…
Que habilidade ele tem com a lÃngua, até hoje nunca me fizeram um oral tão gostoso. Eu gemo inebriada por seus movimentos perfeitos.
Ele continua a me chupar mais e mais, misturando movimentos lentos e rápidos, vou enlouquecer. Meu corpo estremece e queima de tesão e eu gemo alto ao chegar ao clÃmax. Meu corpo ainda absorve as sensações do orgasmo, quando Leandro abaixa a calça e a cueca expondo a sua perfeição genital, seu pênis é maravilhoso, lindo e grande, na medida certa para mim.
Ele coloca a camisinha e se deita sobre mim, penetrando devagar. A medida que vou me deliciando com seus movimentos, ele aumenta a velocidade, me penetrando fundo, apertando minha cintura e me beijando. Envolvo minhas pernas ao seu redor e ele consegue penetrar mais fundo.
— Que delÃcia! Isso, não para!
Leandro é safado, cafajeste, faminto e me penetra de um jeito descarado e escroto, vou gozar outra vez.
Ele senta no banco e me coloca por cima, agora eu posso controlar a brincadeira, subindo e descendo e fazendo ele estremecer de prazer. Olho para ele do jeito mais safado que eu consigo, ele sorri e aperta minha bunda.
Aceleramos o movimento cada vez mais e chegamos juntos a um gozo delirante e maravilhoso, que delÃcia de homem.
Ainda ofegantes, ouvimos o som de muitas sirenes de polÃcia e nos apressamos para vestir nossas roupas. Não temos tempo para conversar sobre o que acabou de acontecer, sermos descobertos nessa situação não será bom para nenhum de nós. Certamente serÃamos demitidos ou até presos por ato obsceno, ofensa ao pudor público.