"Não há ser que possa dizer que nossa união é falsa, nos os povos entropiy's nos reunificaremos, e jamais voltaremos ao bestial! um só povo, uma só centurion!"
- Freyer Torus I, Senhor da Guerra Centuriano
No começo, os Entropiy's eram unidos pela irmandade, todos sofrendo de uma mesma maldição. Cai'ner, o Deus monstro, rogou a mais vil maldição em nosso povo. Todos estávamos maculados por ela e não seria possível voltar para o antigo estado. Dos entropiys surgiram as mais diversas raças e povos, os Goblinoides, os Bestiais, os Minos, os Gnolls, as Musas, os Centaur, os Dinoicos, os Nagaris e por fim os mais nobres, aqueles que se sacrificaram por nosso povo, tomando para si a pior parte desta maldição, os Orcs.
Não se tardou para que, depois do tempo unido, mesmo depois das grandes guerras contra os outros povos que andavam pelo mundo, a frágil união se cessasse. Agora estavam espalhados e se atacando. Não havia mais irmandade, tampouco lealdade... Nosso povo estava agora em uma guerra contra ele mesmo, e nossos inimigos estavam cada vez mais unidos e estruturados. Os humanos, descendentes antigos Ordareos, já formavam reinos e prosperavam. E nós, em tribos dispersas, e os poucos que prosperavam em pequeninas cidadelas tentando a sorte. Esta era tinha que chegar ao fim, seja pela boa vontade... ou pela guerra.
No início da Era Ore, A cidadela Kentrik Synédri era uma das poucas cidades governadas por humanoides. O rei, Quersieristuscu, causava grande insatisfação em seu povo, as suas medidas traziam sofrimento aos seus servos, seu reino vivia cercado de inimigos e manipuladores, os humanos sempre se sobressaiam saqueando as vilas que o rei jurou proteger. O povo queria mudança e seus conselheiros sabiam o que teriam que fazer. Quersieristusco, sabia quem tramava contra ele e entendia que seus maiores generais seriam aqueles que tomariam posse de seu reino assim que perecesse, e começou a tramar contra eles.
Em seu trono, chamou seu maior general e aquele
que mais trazia segurança a seus domínios, Freyer Torus, e com suas mãos
murchas pela idade o apontava.
— Freyer Torus, meu mais nobre guerreiro, peço a ti que me traga a cabeça de
Oruscates — Estranhando o inusitado pedido, o mino ajoelhou para o rei e, com
dúvida, o questionou.
— Meu senhor, Oruscates não é nosso aliado? Ele sempre mandou seus bugbears à
nossa súplica... porque atacar aquele que. — O rei levantou a palma de sua mão,
o calando no mesmo instante e se levantou de seu trono e andou em direção ao
guerreiro touro.
— Questionas a minha autoridade? Ele trama contra mim e, por isso, deve ser
morto. Independente do que já fez, eu quero sua cabeça — a voz grossa e
tirânica do monarca ecoava pelo longo trono, os conselheiros que longe estavam
tremiam e desviavam o olhar à espera do pior. Freyer mesmo relutante, olhou
para o rei.
— Eu irei. — Sua determinação em voz contrastava com a amargura que sentia de
ter de cumprir aquele pedido. Quersie sorriu alegre com a submissão de seu
general, tocando-o a cabeça.
— Espero que não fracasse, eu não tolerarei fraqueza. —
Torus partiu com seus 420 guerreiros para as
florestas do Leste, nas terras de Oruscates. Sua marcha durou 7 dias e 7 noites
até chegar nas marches da grande mata. Na primeira vista, um grupo de goblins
armados com pequenas lanças e amadurados com leves gibões de pele chegavam à
frente de toda a tropa sem tremer. Um deles, portando a pelagem de uma corsa
como Elmo, tomou a frente.
— O que fazem AQUI! VOCÊS SÃO OS GUERREIROS DE KENTRICO , NÃO? NÃO DEVERIAM
ESTAR EM SUA VILA DE MUROS BRANCOS? — Seu berro era estridente, era alto e
mesmo com seu pouco tamanho. Ao lado do estandarte, Freyer tomou o ponto mais
alto e respirou profundamente.
— QUEREMOS FALAR COM ORUSCATES, O MARTELO DE ARAMAM -- O ecoar de sua voz era
imponente como o bufar de um touro antigo. Os goblins se olhavam por um
instante, sussurrando entre si até que um tocou sua corneta.
Sinais de fumaça eram vistos por toda a floresta, o bater dos tambores começava a interromper as serenatas dos pássaros. Quanto maior o som ficava, mais os arbustos da floresta se mexiam e um grande exército de mais de 1.000 Goblinoides emergia da escuridão da mata. Em meio a uma multidão de guerreiros selvagens, surgiu um grande bisão branco. Sua testa estava estampada com um capacete de couro e seus cornos carregavam laços azuis e vermelhos. Por cima, uma longa pele de urso e, acima, um grande bugbear de 2,20 m, com um machado curto. Na outra mão, um escudo oval. Ele tinha um dente para fora como um javali selvagem e seu rosto, junto de sua barriga e ombros, estavam marcados de feridas de batalha. Sua cota de malha era bem preservada, mesmo com tantas partes faltando graças a seu corpanzil. Ele desceu de sua montaria e andou para frente do campo de batalha despretensiosamente. O Mino começou a andar tomando a frente de sua tropa, encarando o líder tribal olhando para cima.
— Veio pedir ajuda de novo com sua cidadezinha? Guerreiro --
Oruscate falou enquanto coçava a sua falha barba.
— Não...
— Hm? Veio trazer uma princesa para mim? Ou quem sabe algum presente? -- O
gigante olhou para trás, vendo toda a guarda séria e estática com os
estandartes de guerra levantados.
— Não... — o general respondia novamente, dando um suspiro pesado e um pouco
receoso.
— Se não traz presentes, não veio pedir ajudar... então essas Cópis e esses
escudos são para mim? — ele coçava a barba ainda com uma visão bem calma.
— Sim... —
— Você sabe que eu já sabia disso. Certo? —
O mino alterou o seu olhar, mostrando uma expressão clara de
surpresa, dando um leve passo para trás. Olhou para o bugbear e para os homens
dele, todos bem equipados com lanças de arremesso e montarias selvagens. Os
soldados olharam por um momento e, lentamente, formaram paredes de escudos.
Oruscate pegou seu machado e apontou contra Torus e disse, em alto e bom-tom.
— AMALDIÇOADOS SÃO TODOS VOCÊS! SERVEM APENAS DE SACRIFÍCIO A UM REI TOLO E
MALUCO QUE OS TRATA COMO LENHA A SER QUEIMADA. VOCÊS NÃO TÊM O MESMO VALOR QUE
MEUS PEQUENINOS GOBLINS. SÃO APENAS XÔRUME DE SUA CIDADE QUE NÃO CONSEGUEM
DEFENDER UM ÚNICO VILAREJO E AGORA DESAFIAM A MIM EM MINHA CASA E CONTRA MAIS
3.000 FILHOS? SÃO TODOS TOLOS A ESPERA DA MORTE!--
Os Goblinoides gritaram seus gritos de guerra, os tambores ecoavam as ordens da
revelação, grupos de lobeiros e cavaleiros emergiam da floresta em trotes, o
líder sorria vendo seus exércitos aparecerem a seu chamado e encarou o general.
— Você é um homem bom, Freyer, mas teu rei te condenou à
morte. -- o General sacou sua espada e apontou contra o líder bárbaro.
— Tenho uma contraproposta? -- O líder tribal riu alto, fazendo com que todos
ao seu redor o seguissem em sua risada.
— E o que você sugere, tem pouco tempo. Já está cercado. -- Oruscate já cantava
sua vantagem enquanto os lobeiros corriam em torno das formações dos guerreiros
que defendiam seus estandartes.
— Se meu rei me traiu, não tenho mais rei.
— Continue.
— Logo, por que não se unir a você e tirar o rei decrepito?
— Isso vir de você parece até estranho, e como não sei que está tramando contra
mim? Tu me conhece tão bem quanto eu te conheço, general. Lutamos do mesmo lado
— apontava o dedo contra Torus enquanto suas tropas olhavam à espera de um
sinal para o ataque.
— Só há uma forma de mostrar minha palavra a você —
O Mino levantou sua espada, instinto do bugbear levantou seu
escudo no mesmo momento. Porém, o alvo de Freyer era outro. Com um forte golpe,
cortou seu corno direito, sangue começou a gotejar de sua cabeça enquanto ele
se abaixava e pegava o cifre desmembrado. Ambos os lados pararam por um momento
em silêncio, vendo a cruel cena, ninguém entendia o porquê de tal ato feito, os
cavaleiros paravam e por um momento os... As formações de escudos abriam
frestas para ver seu líder. Oruscates tomado pelo espanto e curiosidade, travou
perante Torus sem saber o significado de tal ação.
— Você é louco. — A severa voz do líder da floresta não moldava sua face.
— Pelo contrário, Orus, eu te dou um aviso — ele jogou seu corno cortado para
as mãos do bugbear e, em um urro tão forte como o bramar de um búfalo selvagem,
ele ditou.
— LUTAR É OQUE NOSSO DEUS DESEJA! MAS ESTA LUTA É NADA A ELE DÁ VALOR. NOSSOS POVOS, IRMÃOS DE BATALHA JÁ DERRAMARAM SANGUE DEMAIS UM DO OUTRO A NENHUM CUSTO. OS ORDAREOS TOMAM NOSSAS TERRAS, ENQUANTO CADA VEZ MAIS ESTAMOS SEPARADOS. ACEITAMOS A VIDA DE OBSERVADORES, DE TRIBAIS, DE DESUNIDOS, ENQUANTO NOSSOS INIMIGOS FUNDAM REINOS E CONSTRÕEM CASTELOS. VIVEREMOS NOSSA VIDA PARA SERMOS ESCRAVOS DOS HUMANOS? RESIDIREMOS NO FUNDO DAS FLORESTAS ENQUANTO NOS REDUZIMOS AO PÓ? MALDITOS SERÃO AQUELES QUE DEIXAREM SEUS FILHOS SEREM TOMADOS PELOS GRILÕES ENQUANTO ESCUTAM OS TAMBORES E AS CORNETAS DE NOSSOS RIVAIS. EU PROCLAMO POR ESTE SACRIFICIO DE SANGUE, A MINHA FIEL ESPADA, O MEU ORGULHO MINOICO QUE NÃO TOLERAREI MAIS NENHUMA SEPARAÇÃO, NENHUMA TRAIÇÃO CONTRA NOSSO POVO. ESTA GUERRA NÃO SERÁ MAIS UMA PINTURA VERMELHA NOS CAMPOS DE NOSSOS ANCESTRAIS, ESTA GUERRA SERÁ O RETORNO DA GLÓRIAM DE ARAMAM! O DEUS GUERRA SE ORGULHARÁ DE NOSSO POVO MAIS UMA VEZ! -
Os Goblinoides por um momento arregalaram-se os olhos, vendo
cada vez mais os bateres dos escudos e as lanças subirem sobre as formações,
tochas eram acendidas enquanto os estandartes manchavam sua bandeira, a
trocando pelo símbolo do deus da guerra. As armas de cada lado estavam sacadas,
o emergir do conflito estava prestes a começar, o grande touro guerreiro abria
seu peito com a espada e o escudo em mãos, mostrando seu peitoral de bronze
manchado pelas gotas de seu próprio sangue e bramou novamente.
— MARTELO DE ARAMAM! SENHOR DAS FLORESTAS DE CAMOR EU O CONVOCO À GUERRA! SEJA
CONTRA MIM E MEUS HOMENS OU CONTRA NOSSOS INIMIGOS , É HORA DE UNIFICAR OS
ENTROPIYs SOBRE UMA MESMA BANDEIRA — Freyer brandiu sua espada contra o líder o
enviando á resposta.
O líder, inspirado pelo ato de bravura e loucura do nobre general, se calou e,
em um alto berro, riu aos céus levantando seu machado, suas tropas o olharam à
espera da resposta e um rugido de urso ecoou pela floresta.
— EU ACEITO A GUERRA! MAS SE EU FOR COM VOCÊ, JAMAIS SE SENTARÁ EM UM TRONO! —
O bater do machado no escudo era similar a uma pancada em um grande tambor de
guerra.
— Eu aceito! — O general abaixou sua cabeça e gritou -- PELA NOVA CENTÚRIA! —
Os gritos de guerra de ambos os lados tomaram-se, a guerra
de unificação estava instaurada. Os curandeiros Kentricos correram a Torus,
estancando o autocorte que havia se desferido. Os guerreiros se olharam por um
breve momento vendo que teriam que invadir sua própria cidade.
— Como tomaremos a cidadela? Os muros são extensos e há muitos guerreiros...
além de que ninguém quer derramar sangue dos próprios parentes. --
— Tenho um plano. Vamos precisar mostrar baixas e trazer prisioneiros --
— Por quê?
— Se lembra daquele jogo que os nobres jogavam, das peças?
— Sei bem, meu senhor.
— Vamos levar a torre em direção do rei.
— Senhor, eu espero que esteja certo. Pois cada um desses homens morrerá com
sua falha.
— Eu morrerei antes que isso ocorra.
Os dois exércitos se preparavam para o grande cercos que as esperava, alguns tribais foram acorrentados pelos guerreiros enquanto outros escondia-se sobre os panos como mortos e moribundos, sangue de animais e faixas foram usados por grande parte mostrando como feridas profundas e membros quebrados. Sete dias de viagem se passaram e agora, sobre os portões da cidadela, eles passavam com grande comoção. Muitas famílias comemoravam a volta de seus protetores, enquanto outras, em silêncio e luto, viam o estado de seus maridos e filhos. Os guerreiros de Freyer ficavam com suas cabeças baixas, como se tivessem sido a mais brutal das batalhas. As comemorações cessavam-se com o tenso clima instaurado, um frio ar se mantinha na cidade...
Torus chegava na entrada do castelo com alguns de seus
homens enquanto adentrava a sala do trono carregando uma grande trouxa de
tecido banhado com sangue. O rei olhou e ficou espantado com o retorno do
general e seu estado, ele se levantou e andou em direção do guerreiro.
— Então...
— Foi feito, majestade... O Martelo de Aramam agora está morto. -- O mino
tomava tons de amargura em sua fala enquanto virava a cabeça olhando para o
lado, tomado pelo nojo do suposto ato feito.
O rei, espantado com a vitória, sorria sem jeito, movimentando seus braços, não
sabendo se parabenizava o guerreiro ou se vangloriava da vitória sobre seus
conselheiros — Magnifico e esta é sua cabeça? — O Touro apenas conseguia com a
cabeça.
Quersieristuscu abriu a corda e se viu a cabeça de um urso cortado, percebendo em instantes o ato cometido — MALDITO TRAI... — Freyer projetou sua cabeça com seu único corno afiado contra o peito do monarca, o levantando com toda sua força e batendo suas costas contra o chão. O rei, gravemente ferido, ficava sem ar enquanto sua guarda real ia ao ataque ao tempo que os guerreiros do líder invadiam o salão, dando início a uma sangrenta batalha.
Os goblinoides e as tropas retornadas abriam os portões e sabotavam as torres. Nobres e generais menores que cobiçavam a derrota de Quersie iniciaram um assalto em conjunto contra os leais ao rei, dando início à batalha de Kentrik.
A guerra se instaurou pela cidadela, as casas foram fechadas enquanto as vielas e as ruas eram disputadas pelos 3 exércitos. Os guerreiros tribais atacaram fortemente o centro e as bordas das muralhas, enquanto os rebeldes avançaram pelas áreas rurais e os pontos de comércio da cidade, os monarquistas, por sua vez, travavam batalhas intensas para manter as áreas nobres e a parte norte da cidade, onde a fortaleza estava. No castelo, a batalha continuava, os guardas do rei tiravam o ferido do alcance de Freyer enquanto o bater das lâminas e o impacto dos escudos chegava em seu ápice, inicialmente os monarquistas tomados pela supremacia numérica e pelo orgulho barraram os avanços dos traidores enquanto o rei, carregado por seu guarda era levado a seus aposentos. Um dos guerreiros de Torus trancou o grande salão, fechando todos no castelo. Não havia como o inimigo cercar ao tempo que agora estavam carentes de reforços.
Sangue escorreu pelo mármore e pelos mosaicos do chão,
vários guardas reais sucumbiam à morte ao tempo que diversos guerreiros davam
suas vidas pela missão de tombar a coroa do rei tirano. A morte tomou conta da
sala do trono e, no último golpe, se partiu o ombro do último monarquista ao
mesmo tempo que a orelha e a bochecha do comandante eram arrancados de seu
rosto pelo último golpe do combatente. Embora estivesse em estado grave, ele e
os outros membros da família caminharam pelos corredores do castelo. A ofensiva
se manteve, a cidade mostrava pelas janelas do castelo os primeiros sinais de
fogo.
— Senhor, temos que nos apressar! Há fogo pela cidade, logo eles banharão as
ruas de sangue!
— Vamos... — Freyer estava fraco, cansado e não conseguia suportar a dor dos
golpes.
— Eu te ajudo! Vamos, somos 6, só há um guarda com ele agora. — Um bestial pôs
a cabeça sob o braço de seu líder e o carregou em sua subida pelas escadas do
castelo até chegar aos aposentos do monarca.
A frente do quarto do rei, um guerreiro mantinha a frente, com dois xifos em mãos, pronto para o combate. Os 6 guerreiros pararam na frente do guerreiro, um dos homens foi correndo para o embate e, em um único golpe, tinha seu pescoço perfurado pela espada do guardião. O homem era um dos mais habilidosos guerreiros da guarda. Diante da iminente falta de preparo, todos os cinco sobreviventes partiram para cima do homem com um golpe conjunto. A batalha da porta prosseguiu com brutalidade e severidade. Dois se sacrificaram contra o grande mestre da espada para permitir que o general e seus dois irmãos de armas derrubassem o homem ao chão e o executassem com um golpe no peito. Eles entraram no quarto do rei e lá estavam ele e um dos clérigos que o serviam, mesmo pálido da face. Torus apontou sua lâmina contra o clérigo e gritou ao mesmo para fugir, que assim o fez.
O rei ferido se levantava de sua cama e
roucamente ria vendo a tragédia que o acometia.
— Foi uma boa vida, eu mereci o berço de Ghaata. -- Freyer olhava para ele
enquanto andava em sua direção.
— Você foi um péssimo rei.
— Sei, mas... não há mais... fui mesmo um péssimo rei, não há misericórdia a
meus atos. Vamos, mostre que minha paranoia me deu o justo destino, que minha
traição a meu povo tenha sua justiça... obedeça minha última ordem, Comandante,
me mate. — Ele abria os braços, aclamando pela morte. O Mino, com sua espada,
caminhou fraco contra o rei, enfiando a cópis no peito, trespassando o coração
do monarca de Kentrik. Ele sorria enquanto seu corpo desfalecia. O fim da
monarquia foi decretado, Torus marchou para a varanda e bramou novamente. A
batalha abaixo dele cessou e todos olhavam o estado do grande guerreiro
Minoico, que por fim fazia seu discurso.
— Meus irmãos, povo de Kentrik Synédri, hoje se dá fim ao rei desta terra, Quersieristuscu, agora são carregados pelos Mesos do Fim. Esta batalha teve seu fim e nosso sangue não precisará mais ser derramado por esta cidade. Todos que aqui estão têm família, filhos e amigos a lutar do outro lado! Peço a vocês, meus fiéis guerreiros, meus irmãos de armas e meus sucessivos salvadores, que parem de banhar suas espadas pelo sangue de vossas famílias. Já basta este derramamento do sangue bárbaro. É hora de reunificarmos, é hora de nos unirmos contra um mal maior em prol de um bem maior! Hoje proclamo o fim de uma monarquia que nos separou por intrigas e paranoias. Hoje dou fim à separação entre as cidadelas e os povos do leste, do oeste e do norte que são Entropiy's como nós. Este é o momento esperado, este é o início do maior dos governos, esse é o início da mais bela das civilizações! Uniremos todos os nossos irmãos perdidos por esta terra, expurgaremos as ameaças externas em nossa nova república! —
Ele se escorou na varanda enquanto lentamente desmaiava pela
perda de sangue dos sucessivos combates. E, levantando sua arma, gritou suas
últimas palavras antes de desmaiar.
-- Não há ser que possa dizer que nossa união é falsa, nós, os povos
entropiys nos reunificaremos, e jamais voltaremos ao bestial! Um só povo, uma
só centurion! --
O Discurso deu fim à sangrenta batalha, corpos caídos ao chão, espadas foram derrubadas. O tempo das trevas dos humanoides havia cessado... e agora era seu período de renascimento... o surgimento de Centurion.