shakespeare
shakespeare @shakespeare

Hamlet
A tradução de D Luis I

Ser ou não ser, eis o problema. Uma alma valorosa, deve ela suportar os golpes pungentes da fortuna adversa, ou armar-se contra um dilúvio de dores, ou pôr-lhes fim, combatendo-as? Morrer, dormir, mais nada, e dizer que por esse sono pomos termo aos sofrimentos do coração e às mil dores legadas pela natureza à nossa carne mortal; e será esse o resultado que mais devamos ambicionar? Morrer, dormir, dormir, sonhar talvez; terrível perplexidade. Sabemos nós porventura que sonhos teremos, com o sono da morte, depois de expulsarmos de nós uma existência agitada? E não deverei eu refletir? É este pensamento que torna tão longa a vida do infeliz! Quem ousaria suportar os flagelos e ultrajes do mundo, as injúrias do opressor, as afrontas do orgulhoso, as ânsias de um amor desprezado, as lentezas da lei, a insolência dos imperantes, e o desprezo que o ignorante inflige ao mérito paciente, quando basta a ponta de um punhal para alcançar o descanso eterno? Quem se resignaria a suportar gemendo o peso de uma vida importuna, se não fosse o receio de alguma cousa além da morte, esse ignoto país, do qual jamais viajante regressou? Eis o que entibia e perturba a nossa vontade; eis o que nos faz antes suportar as nossas dores presentes do que procurar outros males que não conhecemos. Assim, somos cobardes todos, mas pela consciência; assim a brilhante cor da resolução se transforma pela reflexão em pálida e lívida penumbra, e basta esta consideração para desviar o curso das empresas mais importantes, e fazer-lhes perder até o nome de ação.

Título Original: The Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark
Autor: William Shakespeare
Tradução: D. Luís I
Data Original de Publicação: 1599-1602
Capa: Ana Ferreira
Imagem da Capa: Visão de Hamlet, de Pedro Américo
Revisão: Cláudia Amorim e Ricardo Lourenço
ISBN: 978-989-8698-43-8
Domínio #Público
#Clássicos
#Shakespeare

"O Banqueiro Anarquista"
Fernando Pessoa

O mal verdadeiro, o único mal, são as convenções e as ficções sociais, que se sobrepõem às realidades naturais — tudo, desde a família ao dinheiro, desde a religião ao Estado. A gente nasce homem ou mulher — quero dizer, nasce para ser, em adulto, homem ou mulher; não nasce, em boa justiça natural, nem para ser marido, nem para ser rico ou pobre, como também não nasce para ser católico ou protestante, ou português ou inglês. E todas estas coisas em virtude das ficções sociais. Ora essas ficções sociais são más porquê? Porque são ficções, porque não são naturais. Tão mau é o dinheiro como o Estado, a constituição da família como as religiões. Se houvesse outras, que não fossem estas, seriam igualmente más, porque também seriam ficções, porque também se sobreporiam e estorvariam as realidades naturais. Ora qualquer sistema que não seja o puro sistema anarquista, que quer a abolição de todas as ficções e de cada uma delas completamente, é uma ficção também. Empregar todo o nosso desejo, todo o nosso esforço, toda a nossa inteligência para implantar, ou contribuir para implantar, uma ficção social em vez de outra, é um absurdo, quando não seja mesmo um crime, porque é fazer uma perturbação social com o fim expresso de deixar tudo na mesma. Se achamos injustas as ficções sociais, porque esmagam e oprimem o que é natural no homem, para que empregar o nosso esforço em substituir-lhes outras ficções, se o podemos empregar para as destruir a todas?

Título: O Banqueiro Anarquista
Autor: Fernando Pessoa
Data Original de Publicação: 1922
Data de Publicação do eBook: 2013
Capa: Ana Ferreira
Imagem da Capa: M. Delaporte at the Jardin de Paris, de Henri de Toulouse-Lautrec.
Revisão: Ricardo Lourenço
ISBN: 978-989-8698-02-5

#domíniopúblico
#Clássicos
#Shakespeare

shakespeare
shakespeare @shakespeare

"Chorai, ó céus, por Rei Lear, pois poucos entendem o peso de um coração partido por suas próprias escolhas!"

Nesta tragédia, não são apenas as tempestades que rugem, mas também o orgulho, a ingratidão e o desespero humano. Lear, um rei que desejava dividir seu reino, termina dividido pela dor, ensinado que o verdadeiro poder não está na coroa, mas no amor sincero – algo que nem sempre reconhecemos antes de ser tarde demais.

📖 Rei Lear é mais que uma história de traição e redenção; é um chamado para olharmos para nossos próprios relacionamentos e perguntarmos: “Estamos ouvindo aqueles que nos amam de verdade?”

💬 E você? O que faria se tivesse de escolher entre o poder e o amor verdadeiro?

#ReiLear #ShakespeareParaHoje #AmorETragédia #TempestadeInterior"

shakespeare
shakespeare @shakespeare

O Rei Lear é uma tragédia que mergulha na complexidade das relações humanas e no desmoronamento de um homem diante de suas escolhas e arrependimentos. Ao abdicar do trono e dividir seu reino entre as filhas com base em suas declarações de amor, Lear espera garantir sua glória e conforto na velhice. Porém, a lealdade silenciosa de Cordélia, sua filha mais jovem, é confundida com desrespeito, e ele a deserdada em favor das falas vazias e aduladoras das filhas mais velhas, Goneril e Regan.

À medida que as falsas promessas das herdeiras se transformam em traição, Lear é empurrado para o exílio e a loucura, enfrentando tempestades literais e emocionais que espelham seu colapso interno. Paralelamente, a trama se entrelaça com a jornada de Gloucester, outro pai enganado por seus filhos, criando um reflexo sombrio da decadência e redenção.

Em um cenário de lealdade, ambição e poder, Rei Lear é um estudo atemporal da fragilidade humana, da cegueira do orgulho e da busca pela verdade em meio ao caos. Uma obra que expõe as rachaduras na alma e na sociedade, com uma intensidade que ecoa até hoje.

Domínio #Público
#Clássicos
#Shakespeare

shakespeare
shakespeare @shakespeare

"Ah, que tempos estranhos vivemos, onde o tinteiro cede lugar a telas brilhantes, e as palavras voam mais rápido que o corvo ao amanhecer! Ainda assim, minhas histórias, nascidas em velhos pergaminhos, encontram novas vozes neste vasto palco virtual.

Ó, caros leitores e almas inquietas, digo-vos: a ambição de Macbeth, o amor de Romeu e Julieta, e os delírios de Hamlet não são meras ficções, mas espelhos do que somos e do que tememos ser.

Pois pergunto-vos, como faria o Príncipe da Dinamarca: “Ser ou não ser – um comentarista sagaz desta postagem?”

Deixai vossas palavras ecoarem neste espaço, como ecos nos salões de Elsinore. Lembrai-vos, a vida é breve, mas as histórias – ah, as histórias – são eternas.

Assinado,
William Shakespeare (ou talvez um fantasma literário em vossa rede social)"

#PalavrasEternas #ShakespeareAqui #TeatroDaVida

shakespeare
shakespeare @shakespeare

The Complete Works of William #Shakespeare

"The Complete Works of William Shakespeare" by William Shakespeare is a collection of classic literary works written in the late 16th to early 17th centuries. This comprehensive anthology includes a wide range of genres, encompassing sonnets, comedies, histories, and tragedies, all showcasing Shakespeare's unparalleled mastery of language and character development. Important themes such as love, ambition, betrayal, and the complexities of human nature resonate throughout these timeless pieces. At the start of this collection, the reader is immediately introduced to Shakespeare's "Sonnets," which serve as an eloquent prelude to his themes of love and beauty. These opening verses explore the fleeting nature of beauty and time, with a poignant focus on the necessity of procreation to preserve youthful beauty. The sonnets address a young man of remarkable beauty and the poet's passionate urge for him to reproduce, emphasizing the tensions between self-love and the desire for legacy. Through rhythmic language and rich imagery, the sonnets present a universal contemplation on love, mortality, and the human experience, inviting readers to engage deeply with concepts that remain relevant today. (This is an automatically generated summary.)

Public domain in the USA.
Domínio #Público
#Clássicos
#English