Como era o mais rápido de toda a
vila, era difÃcil segurá-lo nas diversas brincadeiras de correr. Era muito
liso. Um dos peladeiros resolveu convidá-lo para participar de um jogo de
futebol no campinho da vila.
— Ldanzim, venha jogar com a
gente, você vai ser nosso centroavante, tenho certeza de que você vai fazer
muitos gols com essa sua correria.
— Mas eu nunca joguei… o que
tenho que fazer? — Perguntou ele, meio indeciso.
— É só colocar a bola nos pés e
sair correndo com ela até o gol do adversário. O segredo é não deixar ninguém
tomar sua bola. - respondeu um dos meninos.
No inÃcio, apanhou um pouco para aprender e
manter o equilÃbrio da bola nos pés, não era driblador, mas, em compensação,
jogava a bola para frente e fazia carreira, um foguete, abandonando os
zagueiros. Driblava o goleiro e já estava nas “redesâ€. Era gol a cada correria.
Até seu time ficava irritado, pois não passava a bola para ninguém. Entrou no
time do colégio, do mesmo jeito, virou artilheiro por onde jogava. Aos 13 anos,
nos anos de 1973, diz ele que estava na praia do meio, e alguns jogadores do
“gloriosoâ€, entre eles, o “furacão e o Cajuâ€, estavam na praia, batendo uma
bolinha, e convidaram-no para participar da pelada. A trave era pequena, sem
goleiro. O pequeno artilheiro foi, na hora, e ainda fez dois gols. Em seguida,
o furacão deu uma camisa da “estrela solitáriaâ€, e, a partir de então, sempre
foi “gloriosoâ€. Os “gloriosos†estavam hospedados no hotel mais chique da
cidade, “Reis Magosâ€, hoje inativado. Com o tempo, foi se aperfeiçoando em fazer
gols de cabeça, mas driblar mesmo, não era sua área. mas gols, sim. E ficou
conhecido como o "artilheiro que não sabia driblar".
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