Daniel Caetano @danielcaetano
No auge de uma civilização alienígena, o Tecelão enfrenta um dilema moral devastador: apertar um botão que porá fim à guerra entre dois mundos, mas ao custo da destruição de um deles. Relutante, ele cede à lógica inexorável de sua sociedade, dando início a uma sequência de eventos que reverberará por eras.
Milênios depois, o fragmento do planeta destruído pelo Tecelão cruza o espaço interestelar e encontra seu destino num pequeno planeta, então dominado pela biodiversidade. A colisão, resultado da decisão de um ser em um ponto distante do cosmos, marca o fim de uma era de continuidade na história do planeta.
O conto acompanha os momentos antes, durante e após o impacto devastador. Por meio do olhar de criaturas primitivas o leitor testemunha o poder destrutivo do asteroide que selou o destino do jovem planeta.
À medida que o mundo mergulha em fogo, escuridão e frio, acompanhamos o esforço de sobrevivência da vida. Um símbolo de resiliência se adapta às novas condições hostis e perpetua sua linhagem até que, milhões de anos depois, seus descendentes assumem o controle do planeta.
Com uma narrativa que alterna entre o micro e o macro, "Chicxulub" conecta o colapso de uma civilização alienígena ao evento que transformou a Terra e moldou o futuro da humanidade. É uma reflexão sobre o impacto das escolhas, o poder da natureza e o ciclo de destruição e renovação que rege o cosmos.
Daniel Caetano @danielcaetano
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
29 - Fale sobre um livro de guerra!
#Link365TemasLivros
Faz bastante tempo que li, mas lembro da empolgação a cada página que lia. Pra quem gosta de história da guerra, “Azincourt” é um prato cheio; é o “clássico” Bernard Cornwell que todos nós amamos e, devo dizer, uma excelente porta de entrada pra quem deseja conhecer esse autor.
“Azincourt” é uma representação fidedigna de um dos períodos mais marcantes e emblemáticos da Guerra dos Cem Anos — a famosa guerra entre Inglaterra e França — do ponto de vista de um dos arqueiros ingleses. A força de "Azincourt" reside na sua capacidade de combinar fatos históricos com uma narrativa ficciona de um jeito que só o Cornwell sabe fazer. É quase uma aula de História. Ele retrata a brutalidade e a glória da guerra (se é que isso existe), com clareza de dar inveja; ele praticamente nos joga no meio da batalha enquanto lemos e, acreditem, dá sufoco só de ler a cena. A batalha final desse livro é um soco no estômago (lembram da “Batalha dos Bastardos” em Game of Thrones?, é parecido). A precisão histórica, a pesquisa (Cornwell teve o cuidado de acessar os Arquivos da Biblioteca da Inglaterra para coletar os nomes verdadeiros dos arqueiros que participaram da batalha), a narrativa e os personagens são impressionantes. Eu destaco o “mentor” do personagem principal. Um sujeito hilário que xinga e fala palavrões como só o Cornwell podia imaginar. É bem aquele tipo de coadjuvante que rouba todas as cenas em que está presente.
Resumindo, pois não quero dar nenhum spoiler, “Azincourt’ é um dos livros que carrego pela vida, e certamente é um dos que influenciaram meu trajeto na escrita.