Conectar-se aos outros é o que te faz sentir viva — por isso você nunca está sozinha.
Sabe exatamente do que eles precisam — e, toda vez, está disposta a se moldar para preencher o vazio que os incomoda.
Você se encaixa tão bem nesse grupo — mas poderia se encaixar naquele também, se precisasse.
Suas próprias vontades estão sempre em segundo lugar, pois seria egoísmo demais se colocar como uma prioridade maior do que qualquer outro.
E no fundo, o que você realmente quer é que os outros estejam felizes — então se eles estiverem, você também vai estar.
Parecia ser mais fácil: não ter de pensar sobre o que fazer, apenas fazer o que te pedem. Mas quanto mais você conhece os outros, mais percebe que eles querem coisas completamente diferentes — e você não quer discordar de ninguém.
É claro que você é uma deles.
Mas seria muito cansativo se atentar aos detalhes, então decide se manter na superfície — onde tudo é calmo, sereno e alegre.
Você não quer lidar com as partes complicadas, então escolhe mostrar apenas uma parte de si para cada um — e lida com uma única parte deles também.
Por que você deveria falar com eles sobre suas diferenças quando falar sobre o que têm de parecido é o que realmente os faz sorrir e te querer por perto?
Agora você tem medo de ficar sozinha. Pois quando não há ninguém para imitar, você não sabe como se comportar — pois talvez já não se lembre tão bem assim de quem realmente é por inteiro.
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