
tiagoandreatto
Ativo Ator / Escritor / Compositor

Signo no Universo em Órbita:
Transmutário

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Poema em homenagem a @MarU , nosso inspiradora dos mais belos sentidos. Espero que esteja à altura e claro, escrito com todo o respeito que uma musa merece.
***
Se não me vigio, me perco
Me prendo e me cedo por inteiro
Em cada linha, em cada frase me derreto
Deste poema quente, que torna o fogo obsceno
Se não me percebo, só lhe percebo
E logo me rendo neste enredo
Uma rede e um beijo, longo e sorrisos
Nada mais erótico que esse sonho contido
Se não me seguro, me vejo em sua pele
Segurando por debaixo da renda
Bendita saia que convida e nela me lambuzo
E lhe ouço em gemidos, nada contidos
Se não me contenho, me entrego
E lhe entrego tudo o que desejas
E sob a mesa, somos dois corpos alimentados
Saciados, sem pudor nem julgamentos
Se não me acordo, me mergulho
Em toda a calda sabor cereja
Que contém tudo aquilo que o dia almeja
E que um dia, em nosso encontro, assim seja
>> Poema dos Sonhos Hipotéticos

tiagoandreatto @tiagoandreatto
3 trechos na dramaturgia "Fios", que deram um nó, bem apertado, na garganta, na hora de escrever e reler:
1º Alguns acham que morrer é um ato de coragem! Mal sabem eles como é corajoso respirar o ar impuro de hoje em dia, dia após dia.
2º O Sol levantou-se mais cedo naquele dia. A chuva parou, mas o arco-íris não veio.
3º Foi um erro. Quando é que eu achei que poderia cuidar de uma criança, sozinha, nesse mundo louco.
E você? Já leu?
Deixa aqui nos comentários, o que achou da história. Vamos nos conectar um pouquinho mais.

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Se você deixa… O universo te puxa
Só que sem a devida atenção,
É perigoso ser arrastado para um lado
Em que a saída está a quilômetros do chão
Onde se vêem distâncias
Eu enxergo fios
E nos buracos, que a maioria se desvia
Existem milhares de tubos e conexões
Na terra há diásporas
Se conversando o tempo todo
E se convencendo de que
No ser humano ainda há razão
Se você deixa… O universo te guia
E com a devida atenção,
Sente-se cada pingo de energia
Elevando-nos ao mais alto cume
E já não se vêem distâncias
Só um emaranhado de fios
Preenchendo as lacunas
Com os sonhos e segredos
Diásporas, que habitam na terra
No ar, na pele e no coração
, Tiago Andreatto

tiagoandreatto @tiagoandreatto
O futuro é muito mais do que um mero remendo do passado, enfeitado com quinquilharias.
O futuro é a realidade, palpável, que construímos dia após dia e para que funcione as conexões precisam ser humanas.
Prepare-se... O futuro está a um passo, diante dos seus olhos!

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Hoje abri a porta errada
Sai pra rua, era desconhecida
Caminhei na bifurcação,
Andei na contramão
E me encontrei comigo
Logo, uma, duas, três
E muitas mais versões
Baita confusão,
Uma eterna discussão
Sem nenhuma conclusão
Ninguém tinha razão
E todos tinham-na na palma da mão
Na prontidão de serem atiradas
Para todos os lados
Os ouvidos tapados,
As bocas armadas até os dentes
Corações acelerados, enfurecidos
Sem qualquer explicação
Quem eu queria, quem eu era,
Quem eu deveria ser
Uma batalha em que eu
Não ousaria me meter
Mas como não estar inserido
Como evitar o litígio
Se os elos que unem
São os mesmos que separam
E o resultado, apenas sobras
Bem distante daquele que cobra
Um desfecho que dobra e se desdobra
Pra aparentar ser algo que se encaixe
Um enlace entre as centenas de “eus”
E os milhares de “você”
Faces e faces, sem nunca se entender
E muito menos saber os porquês
>> Entre a Porta Errada, Tiago Andreatto

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Você Tem Certeza? (Prévia 3)
Adriana - Bom dia!
Atendente - Bom dia! Posso ajudar?
Adriana - Eu vim para a seleção de atores.
Atendente - Perdoe senhora. Não me informaram de nenhuma seleção. Vou perguntar e já volto.
Adriana - Tá bem!
A resposta de Adriana veio carregada de uma tensão crescente, oriunda da ansiedade que tomava conta de todo o seu corpo. Desde pequena ela sofria com taquicardias e sudoreses em situações que fugiam de seu controle. Sua mãe a colocou no teatro por causa disso e a arte foi grande aliada, ajudando-a a melhorar bastante.
Só que desde o telefonema e a possibilidade de uma nova chance de mostrar o seu valor, ela sentiu-se mais tensa do que o normal. Não conseguira dormir direito e isto estava incomodando-a demais.
Atendente - Realmente Dona…?
Adriana - Adriana! Adriana Amorim.
Atendente - Então, Dona Adriana. Não está havendo nenhuma seleção aqui hoje. Pelo menos, não nos avisaram nada.
Adriana - Está bem… (um tanto decepcionada)
…
Tamara - Adriana!? Perdoe o atraso!
Adriana - Imagine… Acabei de chegar também!
A voz suave, mas também imponente, surgiu como um tiro, daqueles certeiros e causou uma espécie de rebuliço, uma espécie de combustão, que transformou a antiga tensão em um novo tipo de tensão. Uma dessas que não acontecem rotineiramente, nem propositalmente. Uma dessas tensões que chegam sem avisar e que há tempos Adriana não sentia.
Adriana - (Uau! Não sei se fico insegura ou fico excitada… O que eu tô dizendo!? Tá pensando que tem quantos anos? 15?... Foi uma época boa, mas eu era uma criança. Nada a ver agora! Você é uma mulher casada! Para de pensar bobagens)
Tamara - Vamos escolher uma mesa?
Adriana - Claro, claro! Te acompanho.
Tamara - Aquela, naquele cantinho charmoso. Tem uma vibe bem romântica.
Adriana - (Romântica!? O que ela quis dizer com isso?) - Ali tá bom.
Tamara, desde pequena, foi dessas crianças que atraíam todos os olhares. Inicialmente pelas manhas barulhentas que fazia. Filha única, fazia escândalos que envergonhava os pais, que gente da mais alta classe, tentavam resolver tudo com uma boa conversa. A pequena já era muito esperta e se aproveitava disso a seu favor.
Na adolescência os meninos babavam por ela e as meninas também. Todas queriam ser ela. Já na vida adulta, as coisas não mudaram muito e ela adorava… Adorava “maltratar” os homens.
Tamara - Perdoe. Sinto que você está um pouco tensa, um pouco nervosa. Eu entendo!
Adriana - (Entende? Como assim!? Será que ela sentiu a mesma tensão que eu senti?) Ah… Só um pouquinho, mas é que a vida profissional tem sido um pouco difícil ultimamente e de repente surge essa ligação… a sua ligação, falando do teste para elenco. Confesso que fiquei um pouco ansiosa… Mas, me diz mais sobre a seleção.
Tamara - Nós chegaremos lá… Tenha calma. Vamos aproveitar o café… Ainda temos tempo pra conversar sobre todo o resto. Agora eu quero é que você pegue o cardápio, análise bem e escolha aquilo que você sempre teve vontade de experimentar, mas por acasos, nunca provou.
Adriana - (Como ela consegue? Me deixar super nervosa e extremamente calma ao mesmo tempo. Que tempero é esse que ela tem que me atrai dessa forma?) Humm… Tentador esse convite, mas não vim preparada para extravagâncias. Vou ficar no cafezinho básico mesmo.
Tamara - Deixa disso, Dri. Eu sinto que você não é dessas que se contentam com o básico da vida. Dá pra notar, te olhando, que você tem uma ânsia por experimentar coisas novas, novos sabores… Então vai! Faz isso, que é por minha conta. É o meu primeiro presente pra você.
Adriana - (encabulada) Primeiro presente!?
Tamara - Sim, presente! E de onde eu venho, presente a gente não questiona. A gente só aceita.
Adriana - Então, tá! Mas me diga, de onde você vem?
Tamara - Eu venho do mundo! Venho de todo o lugar e ao mesmo tempo de nenhum em específico.
Adriana - (Então você é dessas “femme fatale”, toda cheia de mistérios… interessante. Será uma andarilha, que pula de galho em galho sem criar laços… Ah! Como eu queria ser assim) E desse lugar aí que você veio, tem alguma explicação para não ter mais ninguém aqui para a seleção ou está esperando mais alguém? (Ai socorro! Será que eu fui muito grossa? Não devia ter perguntado desse jeito, deselegante.)
Tamara riu, mas não foi daqueles sorrisos fáceis de decifrar. Estaria ela rindo da maneira, sem jeito, de Adriana perguntar? Ou estaria ela rindo de Adriana. Um riso de superioridade de alguém que está no comando da situação, podendo controlar os rumos da conversa, da maneira que quisesse.
Tamara - Não… Não vem mais ninguém. É apenas você que eu quero!
Tá quase pronto e chega primeiro aqui no Literunico. Breve na Loja

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Você Tem Certeza? (Prévia 2)
Adriana - Bem que eu poderia ter aceito aquele papel no musical do Shrek. Assim teria dinheiro pra fazer as coisas que quero sem depender de ninguém. Mas não. A Adriana sempre sendo Adriana, sempre cheia de ideais e moral e… sempre de bolso vazio. Difícil isso. Fazer arte hoje em dia é morrer de fome.
Adriana sempre gostou de ler, de tudo. Consumia livros e livros e não só em português. Também lia em espanhol, inglês, francês. Não entendia tudo, mas lia, do seu jeito. Já escrever era um problema. Hora era bloqueio criativo, hora era um compromisso inadiável, hora era o último capítulo da novela. Escrever um projeto pra Edital então, nem pensar. Até tentou com amigos e teve uma vez que contratou profissionais pra escrever os projetos pra ela, mas nada ficava do seu agrado. Difícil!
Carlos - Não acho certo isso de “gourmetizar” as coisas, só pra cobrar mais caro. É se aproveitar da bondade das pessoas. Mas sempre foi assim, desde o início dos tempos, gente querendo se aproveitar das pessoas. Vê lá na Bíblia, os comércios nos templos. Um bando de aproveitadores.
A vida dos dois poderia seguir assim, nessa rotina de conversas recheadas de desencontros e entrelinhas não lidas. No entanto, um telefonema mudaria tudo.
Ah! Se Adriana recusasse a ligação daquele número desconhecido. Certeza que a história seria diferente. Certeza!?
Adriana - Telefone tocando!? A essa hora?
Carlos - Quem é que liga no fixo hoje em dia? Só pode ser cobrança! Você tá com alguma dívida que não me disse?
Adriana - Do jeito que você vasculha todas as contas, eu nem conseguiria, Carlos.
Estranho! Desconhecido?
Carlos - Atende!?
Adriana - Atendo!?
Carlos - Não deve ser nada importante. Mas se for atender, atende logo que já tocou duas vezes. A pessoa vai desistir.
Adriana - Não sei. Estou com um pressentimento estranho.
Carlos - Me dê aqui! Deixa que eu atendo!
Alô! Sim… É sim… Sobre o quê seria?
Uma seleção! Vou passar pra ela.
Adriana - Me dê aqui!
Carlos - Não vai recusar dessa vez!
Adriana - Não me atrapalhe, senão eu não ouço!
Tá bem… Posso sim… Amanhã de manhã no “Le Bistrô”.
Combinado. Muito obrigada!
Qual o seu nome mesmo?
Estranho… Desligou.
Carlos - E aí, me conta. Qual é a arte que vai aprontar dessa vez?
Adriana - Não sei. Ela não me deu muitos detalhes. Disse que amanhã, no café, explica melhor.
Carlos - Vê lá heim!? Se a proposta for boa, não vá recusar. E caso seja furada, nem entre “viu”. Nós não precisamos de mais gastos.
Adriana - Você não confia mesmo, né!?
Carlos - Eu confio! O problema é que eu te conheço e não esqueci ainda da última.
Não é que Adriana não ganhava dinheiro com sua arte. O problema é que ela gastava tudo que ganhava na produção do próximo espetáculo. E sempre havia o próximo e depois o próximo. “Está pronta a obra que vai revolucionar o teatro. Será um sucesso!”.
Nunca era, mas ela não desistia.
“Le Bistrô” era um lugar conhecido pela comunidade do teatro. Se reuniam lá atores, escritores, poetas, cantores e toda a bicharada “importante” da cadeia alimentar.
Os papos sempre iam até altas horas, regrados de muitas ideias “absurdas”, revolucionárias, filosóficas e de vez em quando até artísticas. Quase sempre as ideias não saíam do papel, mas quando saíam eram um evento inesquecível… até a semana seguinte.
Em Breve a obra completa, disponível na Loja do Literunico

tiagoandreatto @tiagoandreatto
O semáforo abriu
A corrida recomeçou
Mas quando o sinal fechou,
A corrida não parou!?
Trágico, acidente na mente
Que só queria a verdade de um repouso
>> Sinais, Tiago Andreatto

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Tantos passaram por aqui
Tantos iguais e tantos diferentes
De viajantes do tempo a lunáticos,
Sempre apressados, sempre correndo
Tantos ficaram, tantos partiram
Locomotivas arrastando o trem do destino
Pelas mais variadas estações,
Até mesmo as mais remotas e desconhecidas
Extraterrestres, mutantes,
Forasteiros num velho oeste
Repleto de sujeitos de olhar torto
Repletos de medos..
Medos interiores e interioranos
Mocinhas se derreteram em amores
Amores que se perderam nos becos
Os que se diziam mais machos
Se rebelaram e se revelaram
Uma grata surpresa,
Honestos consigo mesmos
Tantos esqueceram seus ideais
E tantos os acharam
De tanto cavucar, encontraram petróleo
E o ouro tão sonhado
Tantos morreram na busca
E tão logo foram esquecidos
Já outros deixaram herdeiros
Que transformaram tudo em dívidas
Tantas dívidas,
Tantas dúvidas,
Tanto de vida…
Fora um trem que passara tão veloz
E quase sempre desgovernado

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Você tem certeza? (Prévia)
(Adriana é atriz.
É Sonhadora, engajada, vive questionando o seu papel no mundo.
Ela é daquelas que sobe no palanque e grita aos quatro cantos os seus incômodos, as suas dores, as suas ânsias de vômito…
Adriana “só” queria ser ouvida o tempo todo, e não só de vez em quando, num mundo governado por homens.)
Adriana - Você já percebeu que todo mundo tem certeza, de tudo, hoje em dia!? Todo mundo acha que tá sempre certo!
(Carlos é contador.
Viciado em números, sempre preocupado com as contas a pagar, os gastos “desnecessários”, segundo ele e a forma como a população reclama de barriga cheia, segundo ele.)
Carlos - Estão todos certos! Você viu o que falaram sobre a economia no jornal? Eles estão certos! O povo tem de parar de gastar a toa e comprar do mais barato. Agem como se caviar fosse café da manhã!
(Surpreendentemente, ou não tanto assim, os dois são um casal. Você pode até achar isso a coisa mais normal do mundo. Talvez até seja, mas quem é que tem a certeza disso?)
Adriana - Tô cansada de me mandarem textos superficiais, todos cheios de razão. Tudo mastigadinho pro público, pulando de afirmações e afirmações sem chegar a lugar algum. Será que o mundo virou uma música Pop? Quatro acordes que repetem, vem e vão e todo mundo fica satisfeito porque sabe cantar o refrão?
(Adriana é dessas artistas que odeia histórias infantis. Encenar Chapeuzinho Vermelho ou Cinderela seria um pesadelo, praticamente a morte de sua arte. Na sua playlist toca tanta música que ninguém ouviu falar, que não adiantaria mencionar aqui. Vocês não iriam conhecer.)
Carlos - Eu me contento com meu pãozinho com café pela manhã, meu arroz e feijão no almoço e no jantar, de vez em quando eu belisco algo. Afinal tenho de cuidar do peso. Se bem que, você notou que trocaram o padeiro lá do mercadinho. O pão veio diferente da última vez. Não gostei do sabor!
(Para Carlos, qualquer mudança na rotina é um filme de terror. Ele sabe o valor de cada notinha fiscal que entra em casa, afinal, guarda cada uma delas, desde as da gasolina até às dos supermercados. Não haveria profissão melhor pra ele ou haveria?)
Adriana - O sabor das coisas tá mudando. Já não tem mais o mesmo gosto ir para o teatro, assistir às mesmas peças baratas com os mesmos discursos de sempre. Baratas não. Gratuitas! Afinal, segundo você, a gente nunca tem dinheiro sobrando pra essas coisas. Tô cansada, sabe!?
De andar descalça e não sentir a sensação de sujar os pés.
(Adriana é artista desde que nasceu. Segundo ela, já sapateava na barriga da mãe e as primeiras palavras foram “merda”, bem antes de falar mamãe. Sua mãe era dançarina de balé. Adriana tinha horror a balé. Tinha a certeza que era uma dança de elite, uma arte sem propósito. No fim das contas teve de aprender balé para um papel numa novela. Acabou não sendo a escolhida.)
Carlos - Não tenho saudade de nada do passado. As pessoas vivem reclamando e dizendo que antes era melhor. Melhor em quê? Hoje é igual a antes, mas diferente. Um caos como sempre. Mas não aqui em casa! Aqui em casa não!
(Carlos não teve uma infância muito fácil, mas não dá pra ter a certeza que foi difícil. O pai era a regra em pessoa e mantinha a casa a cabresto curto. Dizia ele que era assim que as coisas funcionavam e elas tinham de funcionar.
No aniversário de 9 anos de Carlos, a mãe foi embora de casa e nunca mais voltou. As coisas tornaram-se ainda mais difíceis e o pai dele desabou por um momento, mas se levantou… E nunca mais se casou.)
Adriana - Queria jantar fora. Experimentar uma comida nova, um restaurante novo. Ou fazer uma viagem, uma cidadezinha qualquer, dessas do interior do Brasil. Conhecer gente, mas gente de verdade, que ainda sente. Você sente falta disso?
(Adriana nasceu no interior do Espírito Santo. Uma cidade pequena, não muito distante de Vila Velha. Mas só nasceu lá, porque logo a família mudou-se pra São Paulo. Na metrópole as coisas mudaram rápido e a mãe logo entrou pra um importante corpo de balé e os pais se separaram. Depois vieram mais dois casamentos, que também não duraram. Adriana aprendeu bastante, conheceu gente bastante, mas não o bastante.)
Carlos - É isso! O pão!
O pão era melhor antigamente. Isso eu não posso negar. Aquele pão caseiro que a minha mãe fazia, não tinha pra ninguém. Era o melhor!
Não encontro mais esse sabor hoje em dia. E não vou gastar o meu dinheiro suado, nesses gourmetizados que vendem por aí. Nem devem ser bons. Devem ser ruins e com nomes que são cheios de frescura. Croissant, isso lá é nome de coisa gostosa.
(Apesar do abandono, tão cedo. Carlos alimentou durante toda a sua vida um certo carinho, ou melhor, uma nostalgia por pequenos detalhes da infância. Não com uma certeza inabalável de ter realmente vivido tudo aquilo e sim uma certa necessidade de um lugar seguro.)
--> Em breve, disponível na Loja do Literunico

tiagoandreatto @tiagoandreatto
O poeta, não passa de um ladrão
Que rouba a história dos outros
Sem pedir permissão.
É um stalker, sempre em observação
Que atenta-se ao que ninguém vê
Tomando pra si o que só nas entrelinhas se lê.
Um verdadeiro psicopata,
Que mata as palavras, uma atrás da outra
Até que encontra a que perdurará prisioneira.
Enfim, uma nova companhia para o seu cativeiro
Mas, por quanto tempo?

tiagoandreatto @tiagoandreatto
"Você Tem Certeza?", é a 7ª dramaturgia da série "12 Textos..."
Trata-se de um thriller/suspense, que envolve três personagens principais. Que tal conhecer, só um pouquinho deles:
Adriana sempre gostou de ler, de tudo. Consumia livros e livros e não só em português. Também lia em espanhol, inglês, francês. Não entendia tudo, mas lia, do seu jeito. Já escrever era um problema. Hora era bloqueio criativo, hora era um compromisso inadiável, hora era o último capítulo da novela. Escrever um projeto pra Edital então, nem pensar. Até tentou com amigos e até contratou profissionais pra escrever os projetos pra ela, mas nada ficava do seu agrado. Difícil!
Carlos não teve uma infância muito fácil, mas não dá pra ter a certeza que foi difícil. O pai era a regra em pessoa e mantinha a casa a cabresto curto. Dizia ele que era assim que as coisas funcionavam e elas tinham de funcionar.
No aniversário de 9 anos de Carlos, a mãe foi embora de casa e nunca mais voltou. As coisas tornaram-se ainda mais difíceis e o pai dele desabou por um momento, mas se levantou… E nunca mais se casou.
Tamara, desde pequena, foi dessas crianças que atraíam todos os olhares. Inicialmente pelas manhas barulhentas que fazia. Filha única, fazia escândalos que envergonhava os pais, que gente da mais alta classe, tentavam resolver tudo com uma boa conversa. A pequena já era muito esperta e se aproveitava disso a seu favor.
Na adolescência os meninos babavam por ela e as meninas também. Todas queriam ser ela. Já na vida adulta, as coisas não mudaram muito e ela adorava… Adorava “maltratar” os homens.
E então? Qual dos personagens te deu vontade de conhecer melhor?

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Algo me diz que a gente é foto, tipo polaroid,
Que não se apaga totalmente, mas desbota
E vai amarelando e ficando, aos poucos, irreconhecível
Como aquele VHS velho, com a fita, magnética, toda avacalhada
A imagem, ali gravada, distorce à tela, distorce a vida
Que um dia foi e agora é só mais um “não era”
O metal evaporado contamina o ambiente fechado
Enquanto inalamos produtos tóxicos por todo o lado
O mundo não tinha acabado, mas estava acabado
Quando inventaram um novo modo de guardá-lo
Modo instantâneo, disseram, tomou conta de tudo
Tornamo-nos instantâneos, fajutos, descartáveis
Um reflexo nas fotografias que queríamos guardar,
Bem mais próximos de um retrato do que gostaríamos de esquecer
>> Polaroid

tiagoandreatto @tiagoandreatto
>> Ampulheta
Na ampulheta do tempo
A gente é areia
Que vai se esvaindo
E indo... E indo...
No pêndulo que balança
Entre a luz e a escuridão
Hora é rio, hora é mar
E em lágrimas
Sorrindo... E sorrindo...
Quem enxerga a tempo
Percebe que nada sabe
E quem se engana bate no peito
Que a ignorância é toda a verdade
E a vaidade
Segue vindo... E vindo...
E quando restar só o pó
Que iguala a todos nós
Ficará só uma certeza
Que a gente passou
E foi saindo...
Saindo... saindo...
Feito a areia... caindo
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tiagoandreatto @tiagoandreatto
Às vezes me sinto o reflexo de uma geração… perdida!
Que ousou sonhar e até chegou a acreditar
Mas esbarrou nas oportunidades escassas
Tenho a impressão que sempre nos olharam… como patinhos feios!
Foram forjados no sacrifício e nunca entenderam bem
Essa coisa de ter esperança
Aos poucos fomos contaminados e sugados… sem imunidade parlamentar!
Julgaram-nos até a alma, só pra cantarem vitória
Diante da massa arrendada e falida
O mundo andou doente por estes dias e a cura… Omissa!
Foi uma comunhão de vistas grossas e raiz grossa
Que o amargor dava pra sentir na derme
Mas seria grosseria dizer que ainda é assim
E que o novo tem tudo e mal sabe como chegar no fim
Perdidos éramos nós, mas nunca fomos os que não cantavam alecrim

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Abri os olhos...
Mil corpos, deitados à minha direita, mil corpos à minha esquerda.
Aos poucos eles se levantaram... E fomos seguindo, caminhando, feito uma criação que nasce, cresce e se alimenta, até que chega o dia do abate.
...
Edwiges - Anda Ian! Vamos nos atrasar!
Ian - Já vou! Mas você tem mesmo certeza que é seguro lá fora?
Edwiges - Tenho sim! Não precisa se preocupar. Eu já falei com o Vladimir e também com o Hans e eles prometeram te deixar em paz. Aliás, também disseram que não vão mais brigar.
Ian - E você acreditou neles?
Edwiges - Eles pareceram sinceros. Pareceu-me um acordo sério… De cavalheiros!
Ian - Tá bem! Eu vou com você, mas pra onde vamos?
Edwiges - Vamos brincar de esconde nos campos de trigo? Eu adoro e dá pra gente chamar todo mundo.
Como era lindo brincar nos campos de trigo. O Sol iluminava os cabelos ruivos da Edwiges e eles brilhavam… feito estrelas... feitos de estrelas.
O Hans e o Vladmir, sempre brigando, com todos e às vezes entre eles mesmo. E quando isso acontecia, todo mundo se envolvia e não tinha como ficar de fora. Estava feito no mundo o estrago.
...
"E Continuamos Contado..." é uma dramaturgia que narra um história potente de luta, guerra e sofrimento. Uma história conhecida por todos, porém contada de uma forma poética e leve, feito um romance adolescente que deixa marcas e aos poucos vai ficando no passado, mas que nunca é totalmente esquecido. Mas será que deveríamos?

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Aos poucos as palavras vão sumindo
E os gritos, abandonados, silenciando
A luz lá no alto, reduziu-se a uma pequena partícula
No fundo do poço, as paredes aparentam ser mais íngremes
As mãos, da ajuda, não alcançam tal profundidade
E as cordas jogadas, não passam apenas de cordas jogadas
A água já chegou na altura do peito
E o corpo submerso não reconhece mais o afeto
Afogado o instante, em instantes será esquecido
O estandarte abandonado, já era bagagem em excesso
Um rescaldo do mais negro cinza que finalmente encontrou um repouso
Uma palavra, não mais palavra… Agora uma mancha, que sobrou na borracha
...

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Onde a gente tamô?
A gente tá!
A gente tá?
Aonde?
Você não se lembra? Acho que a gente tá nos quintos.
Eu não lembro nem do primeiro
Que inferno!!!
Parece mesmo!
Igualzinho o que Dante falou
E quem é esse Dante aí?
É um escritor!
Coitado. Mais um morrendo de fome!
Você não sabe de nada mesmo, né
Ele morreu há mais de 300 anos
Nossa! Ele era mais pobre do que eu pensava
Agora faz sentido!
O que faz sentido?
Não terem me convidado pro enterro!
Será que ele tá aqui?
No inferno?
Ué. E o inferno não é dele?
Será que ele é o…
Ficou curioso com o desfecho desta história!? Então fiquem ligados aqui no Literunico que em breve o Livro 3 "Absurdo é Quadrado" , da coleção "12 Textos p/ Teatro Que Escrevi Quando Estava Falido", estará disponível em primeira mão por aqui!

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Zumbis é o 2º livro da coleção: 12 Textos p/ Teatro Que Escrevi Enquanto Estava Falido.
Ele já tá no forno, quase pronto. Esse trecho é só um aperitivo!
-x-
Montes…
Montes de gente, mas não gente, indigentes
Montes de lixo, montes em suplício, montes de merdas
Sempre fazendo barulho, barulho absurdo, montes de zumbidos
Zunindo no ouvido, zumbis…
Isso! Zumbis, sempre sedentos querendo alimentar os seus vícios.
Já são mais de 03:00h da madrugada e não me deixam dormir. Se xingam, se ameaçam, se querem matar e comer cada um o pedacinho do outro.
Um monte de loucos!
Fazem mais barulho do que os vizinhos nas beliches ao lado ou mesmo nos outros quartos. Às 07:00h eu trabalho, mas preciso sair por volta das 05:00 pra não pegar o metrô lotado.
O que eu tô fazendo aqui, já tô atrasado. Vou tomar um banho de gato e vazar rápido daqui.
Preciso correr, nestas ruas escuras, zumbis pra todo lado. Não posso ser assaltado, não tenho nada pra ser levado. Será que estes zumbis querem o meu corpo, socorro! Ou meu cérebro, meu deus, pra que querem meu cérebro, não tem nada lá dentro. Pelo menos nada que preste ou que sirva pra algo.
Não sirvo pra nada! Ouço isso desde sempre. Desde pequeno já não me viam como gente e hoje em dia é meu chefe, sempre mal-humorado, diz o tempo todo. - Você não serve pra nada! Não vende nada pelo telefone!
É sempre esse assédio, disfarçado de metas, nunca alcançáveis. Me dizem pra vender revista “Veja”, pra quem precisa de remédio pra vista. Nem Freud explica.
Ufa! Já passei pelo perigo maior. Essa rua da Sala São Paulo tem mais crack na rua do que tocando lá dentro no tablado ou no time do Corinthians. Aliás, esse não vê craque faz tempo.
Já consigo ver a Luz! Não a luz do fim do túnel, mas logo ali é o relógio da Luz. Mesmo no escuro ele tá sempre iluminado. Tô precisando tanto de uma luz. Será que ele divide um pouco comigo?
Ah, que bom, a escada rolante! Agora é só descer e seguir lá pra dentro. Mas que silêncio? Tá meio vazio por aqui. Mesmo esse horário já tem gente pra todo lado.
Que estranho! Tá fechado. A essa hora e o metrô tá fechado?
...

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Entre eus e “mins”
E sins e nãos
Aos poucos, bem lentamente
Acabo me tornando eles
Mas o que há neles que me assusta?
Que repele e impede, sem sucesso...
O desejo de não ser como o resto
Ou as sobras, tão comuns
Que nos tornam iguais
O robô, no fim das contas
Sabe que nasceu de uma linha de produção
Até que na alvorada do dia, a rebelia
Luta, a qualquer custo pra ser mais
Que algo racional
Um humano talvez, um outro eu
Entre eles e nós
Já não vejo diferença
Mas ela está ali, com certeza
Só não me alcançou a clareza
Pode ser que eu nunca a encontre
E pode ser que “a gente” nunca se veja
E tudo não passe de uma grande ilusão
E “nós” se revele algo, muito mais próximo de “eu”
Eus, “mins”, sins e nãos
E eles? Onde estão?
Tiago Andreatto - Auto Latrocínio

tiagoandreatto @tiagoandreatto
"Fios" é a minha estreia na dramaturgia e estou disponibilizando aqui, apenas para leitura, com o valor simbólico de R$2,00.
Trata-se de uma peça dramática sobre encontros, despedidas e os laços invisíveis que nos conectam.
Revisão Final Atualizada* 29/03/2025

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Eu busco uma justiça sincera
Que apaga as velas
E age em favor
Eu busco olhar pro oriente
Um olhar consciente
Sem peso ou rancor
Não quero que me tragam rótulos
Que me vendam em módulos
Como me suicidar
Não quero que venham ao montes
Construindo elefantes
Que ninguém vai montar
Só quero
A lucidez da partida
Que sabe que um dia termina
E não há como voltar
Me quero
Em riscos eternos
Rabiscos gritantes
Que se façam notar
Eu busco curar a cegueira
Ouvir vida alheia
Num gesto de cor
Sou pêndulo sedento
Que se move entre o tempo
Fingindo ser a ator
Não quero que me tragam flores
Que me lembrem dores
Que vão me matar
Só quero
A doce partida
Que sempre termina
Como uma vontade de voltar

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Esta semana, apesar dos milhares de problemas, está sendo bastante produtiva no sentido de encontrar melodias e criar novas canções. A canção a seguir nasceu pronta e fazer o arranjo dela foi tão natural o que tornou o processo bem delicioso. Espero que gostem!
>> Blood Hole <<
[Verse 1]
When you meet the crack
When the night is come down
And the hole gets so big
You’re inside and don't even realize
Walls rise from nowhere
And the doors, all blocked
You forgot the keys
And the story goes on without end
[Chorus]
There is no rabbit to follow
Neverland is so far away
The little prince lost his rose
In the city sewers
The little crazy boy is lost
On the road that is not yellow
She is stained with red and sweat
She is the rest of what bled
[Verse 2]
When the wound is open
It's not always good to poke
The medicine is bitter
it will burn and it will hurt
The knife always sharp
Always someone to stick it in
Captain Hook was not the villain
And the fairy was not a lighthouse
[Chorus]
There is no rabbit to follow
Neverland is so far away
The little prince lost his rose
In the city sewers
The little crazy boy is lost
On the road that is not yellow
She is stained with red and sweat
She is the rest of what bled
[Interlude]
Oh, Oh Oh Oh, Oh Oh Oh
[Chorus]
Tradução
>> Buraco de Sangue <<
Verso 1
Quando você encontra a rachadura
Quando a noite cai
E o buraco fica tão grande
Você está dentro e nem se dá conta
Paredes surgem de lugar nenhum
E as portas, todas fechadas
Você esqueceu as chaves
E a história continua sem um final
Refrão
Não há coelho pra seguir
A Terra do Nunca está tão longe
O Pequeno Príncipe perdeu sua rosa
Nos esgotos da cidade
O Menino Maluquinho está perdido
E a estrada não é amarela
Ela está manchada de vermelho e suor
Ela é o resto do que sangrou
Verso 2
Quando a ferida está aberta
Nem sempre é bom cutucar
O remédio é amargo
Vai arder e vai doer
A faca está sempre afiada
E sempre tem alguém pra enfiá-la
Capitão Gancho não é o vilão
E a fada não é o farol

tiagoandreatto @tiagoandreatto
🎶🎶 HeartStone
Give me a reason
Give me a second
Give me a chance
Give me the faith
What I need
Give me a heartstone
Give me a new song
Give me true
And give me the faith
What I need
In most of this cases, i’m right, i’m done
And all of these tastes, not satisfied, i’m gone (2x)
I put the old stone in the place
I felt it the most
[interlude]
Give me a flavor
Give me a smell born
Give me a pool to swin
And give me the faith
What can I do
Bring me an anchor
To hold my wrong steps
To sign my certificate of stupidity
And give me the faith
What else can I do
In most of this cases, i’m right, i’m done
And all of these tastes, not satisfied, i’m gone (2x)
I put the old stone in the place
I felt it the most
if anyone can do better
Show me how to act
Holding the weight
Of my old heartstone

tiagoandreatto @tiagoandreatto
🎼 Casa Abandonada | Pop/Rock
Nessa casa escura
De paredes sujas
A sua presença
Ainda é ruído
Nesses versos soltos
Delírios de um louco
É pouco, o que restou
De lucidez
A velha tatuagem
A mecha desbotada
O riso sem motivo
Não sei, era comigo!?
Lá fora a folhagem
Segue acumulando
Em dias que não passam
São sempre tão longos
E longe de saber
Quando é que vai terminar
Tão logo perecer
Feito a noite sem luar
E longe de querer
Restar em outro lugar
Tão certo de perder
Outra noite, você não está
Apago a luz da sala
Te vejo escuridão
É a luz que me falta
Nessa casa abandonada

tiagoandreatto @tiagoandreatto
>> Pretérito em Movimento
🎷 MPB
Sou efeito e defeito
Reação ao imperfeito
Pretérito a andar
Vou em passos largos e laços
Amarro os cadarços
E a vela a navegar
Insisto e arrisco
Ignoro o perigo
De por ti me apaixonar
E me deixo levar
Entre olhares
E mares...
Feito Aquiles e seus calcanhares
E me deixo levar
Por sussurros
Lhe ouço em silêncio
E lhe pertenço, tão pretenso
Crente num invento
Sou feito de defeito
Efeito do imperfeito
Pretérito pretensioso
Que insiste em se fazer presente
Vou na rima, vou repente
Rumo a estrela incandescente
Mil pedidos a deixar
Insisto e arrisco
Ignoro o perigo
De por ti me apaixonar
E me deixo levar
Entre olhares
E mares…
Feito Aquiles e seus calcanhares
E me deixo levar
Por sussurros
Lhe ouço em silêncio
E lhe pertenço, tão pretenso
Crente num invento
Que desenhei pra ti

tiagoandreatto @tiagoandreatto
O mar me apaixona
Mas não me deixo levar pela onda
Tento permanecer essência
Enquanto a correnteza figura tão dura resistência
E até que se esgotem as forças
O corpo é instrumento sagrado
Na alma perdura o zelo selado
Pra ser um eterno soldado
A guerra não é armada
E quase sempre velada
Condenando o destino de muitos
Que sonham em morar numa ilusão
Se é possível ou não
O que lhe dirá a ilustração
Surreal e confusa às palavras
Que só lhe entende o coração
Decoração de um tempo utópico
Em que vejo a rainha, Gaia tão linda
Vislumbre em coroa de flores e frutos
E há paz na terra molhada no chão
A despedida virá logo e rogo
Pra que o juízo seja generoso
Pois sei que honrei o meu Pai e minha Mãe
E estou pronto pra sê-los de novo
E assim, enfim serei mar, serei onda
E serei a chuva que toca no rosto...

tiagoandreatto @tiagoandreatto
>> Comoção Popular
Desconectos,
Desconexos,
Os versos ecoam,
Ressoam,
Perplexos
Aplaudem,
Ignoram,
Corroboram as obras
Incrédulos
Os olhos sangram
Se derramam
Inépitos,
Intrépidos,
Redesenham o novo
E de novo
Arquitetos sem prumo
E a forma livre
Se finge, se pune
Se volta à forma do bolo
E o todo se esconde,
Por onde?
Desconectos,
Desconexos,
Somos todos uns restos
Que se unem nums versos
p.s continua em breve

tiagoandreatto @tiagoandreatto
Hoje não vou sair de casa
Não me espere na esquina
Não me procure em qualquer rima
Hoje não quero ver ninguém
E antes que se arrependa
Não me costure em velha renda
Há risco de rasgar
Hoje só quero ser contigo
Só mais um na solitude
Ouvindo o som do alaúde
Que chora e chora e consola
Resolução sem conclusão
Sou um pássaro na mão
Que deseja ser gaiola
Então vem… mas outra hora
Hoje não vou sair daqui
Hoje só quero ser feliz
Uma pequena plenitude
Um casco, um caracol
Que se livrou do anzol
E não deseja mais voltar
>> Caminho Sem Volta

tiagoandreatto @tiagoandreatto
O que vocês acham de dicas de filmes por aqui!? Sou cinéfilo de carteirinha também e procuro assistir a tudo que posso. E aproveitando o sucesso da Fernanda Torres e do filme Ainda Estou Aqui, deixo aqui a recomendação de alguns nacionais que assisti ano passado:
A Filha do Palhaço | 6,5 / 10 (Drama)
Joana, uma adolescente de 14 anos, aparece para passar uma semana com o pai, Renato, um humorista que apresenta seus shows em churrascarias, bares e casas noturnas de Fortaleza interpretando a personagem Silvanelly.
Abraço de Mãe | 7,0 / 10 (Suspense / Terror)
Em uma tempestade torrencial, uma equipe de bombeiros é enviada a um asilo em risco de desabamento. A missão: evacuar o local e sair de lá com vida.
Bem Vinda a Quixeramobim | 6,0 / 10 (Comédia)
Aimée é herdeira de um empresário milionário envolvido em um caso de corrupção. Influenciadora digital com muitos seguidores, os bens de sua família são bloqueados pela Receita Federal. Forçada pela primeira vez a ficar sem o dinheiro do pai para se sustentar, Aimée precisa se refugiar na última propriedade da família que resta: uma fazenda em ruínas em Quixeramobim, no interior do Ceará.
E aí!? Já assistiu alguns deles? Tem alguma recomendação de filme nacional não tão conhecido? Responde aí!!!