Kelly nasceu nos Kansas, filha única do casal Kelvin e Everly, ainda pequena, tendo em vista uma oferta irrecusável de emprego para seu pai, a família se mudou para Toronto, no Canadá.
Em um belo dia, ainda com 7 anos, a família estava passeando pelos corredores do Shopping Center Yorkdale, Kelly de mãos dadas entre seus pais, ora caminhando, ora saltando, quando, abordados por algumas promotoras de eventos e caçadoras de talentos, foram convidados a fazer uma sessão de fotos para ela em um estúdio de uma agência de modelo especializado em book infantil. Aceitaram, e aquele dia ficou registrado na memória de Kelly como o melhor dia de sua infância, foram várias fotos, vários trocas de figurinos, desde Branca de Neve, Bela, Minnie, Cinderela, looks orientais entre outros, foi um dia de princesa, ela realmente amou aquilo tudo.
Yorkdale: Por mais de 50 anos, Yorkdale construiu uma reputação de ser o melhor destino de compras de Toronto. Hoje, com 2 milhões de metros quadrados e 270 lojas – que incluem a maior coleção de grifes e marcas de luxo do país, o melhor em decoração de casa e o melhor em tecnologia – é o The Center of Style. Reconhecida por sua linha exclusiva de marcas de prestígio global, a primeira no Canadá, oferece aos visitantes tudo o que podem imaginar e tudo o que desejam no mundo. O principal shopping center do Canadá, Yorkdale, é de propriedade da Oxford Properties e da Alberta Investment Management Corporation (AIMCo) e gerenciado pelo Oxford Properties Group.
O book fotográfico é um livro ou uma pasta com fotografias que é muito utilizado por modelos para guardar suas fotos profissionais. O book é uma forma de o modelo ter seu primeiro contato com os seus clientes, lembrando que, as fotos colocadas nesses livros são reproduzidas por um profissional especializado em moda (fotógrafo).

E foi a partir desse book fotográfico que Kelly ingressou no mundo artístico, recebendo diversos convites para revistas e propaganda de moda infantil, assim, vendo uma carreira promissora e o gosto da menina, seus pais a colocaram em numa escola de artes cênicas, logo chamou a atenção dos seus tutores pela sua desenvoltura e espontaneidade e aos oito anos já aparecia em comerciais de TV, não demorou muito começou a contracenar em filmes, até o convite para interpretar Doly.
Pouco tempo depois de receber o prêmio do Oscar pelo papel de Dolly, Kelly, perdeu seu pai num trágico acidente de trânsito quando ele retornava de Nova York, o carro que dirigia foi jogado para fora da estrada por um caminhão desgovernado na Rota 90 dos Estados Unidos. Kelly sentiu muito a perda, para ajudar a superar, a mãe buscou acompanhamento psicológico para ambas.
Sua mãe sempre a acompanhava nas viagens para os trabalhos, gerenciando sua carreira, quando completou 20 anos, Kelly decidiu deixar o Canadá, no mesmo período, sua mãe conseguiu uma ocupação em um lar de idoso no interior da cidade, a separação foi dolorosa, mas cada uma precisava seguir suas próprias vidas, sem uma depender da outra, Kelly precisava trilhar seu caminho, buscar seus sonhos, mas sempre que podia, entre uma filmagem e outra, Kelly retornava para os braços da mãe, era onde ela encontrava aconchego, carinho, e um amor incondicional, onde renovava suas forças e desabafava suas desilusões.
Ao sair do Canadá, inicialmente morou em Miami, mas não se adaptou aos constantes assédios da imprensa, dos turistas, dos fãs e outros curiosos, além de que, o sol e o calor opressivo da região estavam prejudicando sua pele, por ser muito clara, decidiu então, por Baltimore, numa região mais discreta, onde ela pudesse ter alguma privacidade.
Devido aos constantes trabalhos e o vai e vem da profissão, não teve tempo para algum relacionamento mais sério e duradouro e, como moça do interior, embora já a bastante tempo na carreira artística, não tinha costume de frequentar baladas e festas, a não ser as dos lançamentos dos filmes e alguns eventos de promoção de marcas ou mesmo de caridades.
Kelly, era geralmente vinculada à personagem Doly, era comum em muitos eventos, onde havia público infantojuvenil, que ela estivesse transvestida como Doly, uma espécie de heroína para este público. Mesmo com o passar do tempo, parecia que aquela menina não crescia, como uma versão feminina de Peter Pan, mas Kelly queria crescer.
Peter Pané um personagem criado por J. M. Barrie para sua notória peça de teatro intitulada Peter and Wendy, que originou um livro homônimo para crianças, publicado em 1911, e de várias adaptações destes para o cinema. O personagem é um pequeno rapaz que se recusa a crescer e que passa a vida a ter aventuras mágicas.

DOLLY