Assim que o homem conhecido como Alexandre emergira da névoa tinha ficado evidente que o momento que esperavam a tanto tempo estava se aproximando.Â
Para alguém como ele, com as responsabilidades que tinha, este homem era bastante displicente em esconder sua presença.Â
Brilhava como uma lâmpada forte. Mesmo se não o estivessem procurando seriam capazes de encontrá-lo, tamanha a presença que emitia.Â
Do alto da casa em frente via que estava ocupado. Ele ficaria alguns dias exatamente onde estava. A casa era um santuário, nenhum deles poderia cruzar o batente sem que fossem convidados pelo prÃncipe, como o homem era conhecido entre os seus. Nem precisavam. Enquanto ele estivesse ali, estaria exatamente onde Os Pássaros queriam.Â
A primeira alternativa era convencê-lo a ficar do lado deles. Como filho de um exilado e alguém que também de certo modo havia sido afastado de sua terra natal, não haveria dúvidas de que estava muito mais próximo deles do que do outro lado. Diziam que a relação dele com a Senhora não era das melhores, se fosse verdade tornaria as coisas mais fáceis, talvez ele estivesse até pré-disposto a se aliar a eles.Â
Se não pudesse ser persuadido, poderia ser forçado, não era a situação ideal, mas de uma maneira ou outra conseguiriam o que tinham direito. Por hora o deixaria ali, envolvido com suas pequenas questões de homem comum, não se privando de sentir um pouco de compaixão. A peça mais importante do sonho pelo qual trabalharam tantos anos e estava ali!Â
Desceu para a rua. Entrou no carro que já a esperava sem que ninguem reparasse neles.Â